Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alves, Ana Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62183
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Resumo: |
Essa pesquisa tem como objetivo identificar e compreender os processos de reconhecimento e valorização dos saberes populares, no campo das ciências naturais, por meio da educação não formal com uso da experimentação científica de baixo custo por educandos privados de liberdade, com baixo nível de escolarização. Pensando nisso, utilizamos como nossa abordagem teórica, a teoria histórico-cultural proposta por Vigostki (2001). Dentro dessa perspectiva o autor parte da premissa que o homem é um ser social e histórico, sendo as características tipicamente humanas resultados da interação dialética entre o homem e o meio social. Afim de se alcançar o objetivo estabelecido, desenvolvemos atividades com um grupo de 10 educandos da EJA de baixa escolaridade reclusos em uma Penitenciária da Grande São Paulo, abordando saberes populares, cultura e conhecimento científico para a produção de experimentos relacionados às áreas das ciências naturais. As oficinas de construção dos experimentos científicos foram realizadas para tentar promover o reconhecimento das ciências da natureza, pelos próprios participantes, em seus repertórios de saberes, a partir de atividades práticas de construção de experimentos científicos. Nossa coleta de dados foi desenvolvida em 4 etapas: 1. Círculo de cultura com os participantes; 2. Realização das oficinas para construção dos experimentos; 3. Apresentação dos experimentos para 35, outros, detentos da penitenciária, em formato de Feira de Ciências; 4. Entrevistas individuais com cinco participantes. Foram realizados registros sistemáticos por meio de diário de campo, captação de imagens do processo de construção dos experimentos (foram respeitadas as regras de anonimato, não sendo tiradas fotos dos rostos dos participantes) e captação de áudio na realização das entrevistas. Após a coleta dos dados realizamos as análises por meio dos núcleos de significação (AGUIAR E OZELLA, 2006;2013) que tem como base não apenas a descrição do fenômeno, mas também sua análise e explicação em sua totalidade. A partir dos resultados obtidos nos processos de análises verificamos que as atividades propostas, e seu processo de desenvolvimento, foram essenciais para que os participantes pudessem reconhecer as ciências da natureza em seus saberes, bem como ressignificarem alguns desses saberes. Em nossa pesquisa verificamos, também que, quando estabelecida uma relação horizontal, dialógica, problematizadora (FREIRE, 2016) e de respeito aos saberes dos educandos, é possível estimular o reconhecimento e a valorização dos saberes populares como conhecimentos legítimos. Para além disso, foi possível observar que, mesmo em um espaço de opressão, como a prisão, é possível estabelecer relações de confiança, respeito e diálogo. E, a partir das atividades educacionais, propiciar um ambiente humanizado para educandos que vivem em um espaço onde, diariamente, ocorrem situações de desumanização |