Genotoxicidade e mutagenicidade induzida pelo crack em múltiplos órgãos de camundongos C57BL/6J
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2994039 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48308 |
Resumo: | Sabe-se que substâncias presentes no meio ambiente e também para o uso e consumo podem ser genotóxicas e/ou mutagênicas. Atualmente um grande número de pessoas tem contato com drogas ilícitas entre elas o crack. No Brasil, existem poucos estudos experimentais sobre ação toxicogenêtica desta droga, seja no primeiro uso ou no uso crônico. Isto decorre das implicações legais, da dificuldade de se isolar o efeito em poliusuários e da não existência de modelos animais estabelecidos para esse estudo. Objetivo: Avaliar a genotoxicidade e mutagenicidade, induzida em sangue, cérebro, fígado e rim de camundongos, pela aplicação única (intraperitoneal) de 4,5; 9 e 18 mg de crack/kg, sugerindo um modelo de estudo e avaliando possíveis correlações dose-dependentes. Materiais e Métodos: Foram utilizados 20 camundongos BL57/6J com 90 dias de idade, divididos em 3 grupos tratados (CRACK 4.5; CRACK 9 e CRACK 18) e 1 Controle (n=5). O crack utilizado com permissão judicial (Ordem 1122/2013) foi caracterizado pelo método de espectrofotometria de massa pela UNESP Câmpus Litoral, evidenciando o pico de cocaína. 24h depois da injeção intraperitoneal do crack ou de solução fisiológica os animais experimentais foram eutanasiados tendo seus tecidos: sangue, cérebro, fígado e rim, submetidos ao Ensaio do Cometa, técnica de eletroforese que determina os níveis de instabilidade genômica conforme protocolo de Tice et al. (2000). Além disso, amostras de medula óssea e fígado foram processadas e submetidas à quantificação de danos celulares permanentes pela contagem de micronúcleos conforme protocolos de Alves e Lima (2003) para eritroblatos e Almeida et al (2005) para hepatócitos. Foi realizada avaliação histopatológica do fígado na busca de alterações morfológicas. Os resultados foram analisados por meio do programa Graph Pad Prism 5.0 utilizando-se teste Kruskal-Wallis e comparações de Dunn, quando necessário (n.s. 95%) com p<0,05). Resultados: O Ensaio do Cometa mostrou alterações genotóxicas nos valores do Momento de Cauda do grupo CRACK 18 quando comparado ao grupo Controle, nas amostras de sangue e cérebro (p<0,05), o fígado e o rim apesar de também apresentarem alterações, estas não foram significativas. A contagem de micronúcleos não evidenciou diferenças significativas em nenhuma das doses administradas, assim como na análise histológica do fígado. Conclusões: Na dose de 18mg/kg o Crack é um agente genotóxico, sendo o cérebro e o sangue os tecidos mais sensíveis à exposição aguda; entretanto nenhuma das doses exerceu efeito mutagênico em células de sangue ou fígado. |