Ser Português em tempos Cabanos: As relações entre a Cabanagem e os portugueses no Grão-Pará (1835-1840)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: de Carvalho, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63034
Resumo: Em janeiro de 1835, na cidade de Belém, iniciou-se de uma guerra que durou cinco anos e que avançou por todo o território da província. A guerra colocou em suspenção o que se considerava a ordem natural das hierarquias sociais e fez com que a capital de esvaziasse quase que completamente ao longo de meses. Apesar da permanência constante de forças militares estrangeiras no porto, os cabanos permaneceram no poder da província por mais de um ano e mesmo quando perderam Belém, continuaram a sua resistência no interior. A multiplicidade de agentes envolvidos na Cabanagem é uma das suas mais importantes características, e entre eles estão os moradores portugueses da província. Essa dissertação tem como objetivo principal compreender de que forma os portugueses foram afetados pela Cabanagem. Ou seja, trata-se de investigar a relação e o ponto de vista desse recorte populacional diante de uma revolta que, em muitos trabalhos historiográficos, é vista como consequência direta do crescente ódio aos portugueses da província. No entanto, conclui-se que o referido ódios aos portugueses,sozinho, não teve força suficiente para sustentar a revolta. Foram analisados documentos de instituições consulares, possibilitando uma abordagem que envolve tanto a vida cotidiana da província como as demandas que surgiram dentro do contexto cabano, geradas por conflitos de interesses diversos. Os documentos foram escritos pelos cônsules portugueses instalados em Belém e pelos cônsules francês, britânico e espanhol. Estes documentos fazem parte de acervos diferentes, custodiados pelo Grêmio Literário Português em Belém e pelo Arquivo Público do Pará, respectivamente. Além disso, foram consultadas fontes do Arquivo Histórico do Itamaraty e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.