Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Patricia Sousa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22697
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Resumo: |
O exercício físico, como já bem estabelecido, promove adaptações que contribuem para a melhora das funções fisiológicas, principalmente em relação ao sistema cardiovascular. No entanto, sabe-se também que quando o treinamento físico é mal prescrito muitos problemas podem ser desencadeados, desde lesões agudas a efeitos mais sérios irreversíveis, como a morte súbita. Com o objetivo de avaliar a modulação de um protocolo de treinamento físico resistido de alta intensidade sobre a expressão das proteínas do tecido cardíaco, ratos Wistar machos foram aleatoriamente divididos em 2 grupos experimentais: Treinado (T) e Sedentário (S). Os animais do grupo T foram submetidos a um protocolo de treinamento de salto em meio líquido, durante 6 semanas. Após esse período, os animais foram sacrificados e tiveram seus corações isolados para posterior análise proteômica através de UPLC-MSE. Na análise proteômica do tecido cardíaco, foram detectadas 187 proteínas, e destas, 132 foram identificadas, sendo que 52 proteínas estavam expressas exclusivamente no grupo T e 8 no grupo S. Na análise quantitativa entre os grupos T e S, foram identificadas 58 proteínas superexpressas e 14 proteínas subexpressas. Com a utilização do Gene Ontology identificamos os processos biológicos nos quais as proteínas estavam envolvidas, a saber: 1) Observou-se importante modulação do treinamento físico sobre as proteínas relacionadas ao metabolismo cardíaco, com tendência à diminuição daquelas relacionadas ao metabolismo de ácidos graxos e consequente aumento daquelas ligadas ao metabolismo glicolítico; 2) Grande expressão de proteínas envolvidas na degradação das espécies reativas de oxigênio; 3) Expressão de proteínas relacionadas a processos de apoptose e 4) Expressão de proteínas heat shocks, como a HSPB6 (ou HSP20), relacionada a mecanismos de proteção contra injúria tecidual cardíaca. Estes resultados corroboram com dados anteriores do nosso grupo de pesquisa, onde foi observado que o protocolo de treinamento em questão promoveu uma hipertrofia cardíaca importante; houve um aumento na razão peso do coração/peso corporal (índice utilizado para avaliação de hipertrofia cardíaca). Estes dados em conjunto indicam que o modelo de treinamento físico utilizado promove adaptações prejudiciais ao tecido cardíaco e mostram pela primeira vez, a importante modulação exercida pelo estímulo (treinamento) sobre proteínas específicas do tecido. A identificação destas proteínas e vias envolvidas pode auxiliar na compreensão dos mecanismos relacionados ao desenvolvimento da hipertrofia cardíaca patológica e morte súbita entre atletas. |