Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Aline Maria de Oliveira Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72331
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Resumo: |
Introdução: As práticas integrativas em saúde (PICS) têm sido cada vez mais incorporadas ao suporte em cuidados paliativos pediátricos (CPP), uma vez que ambos trazem como princípios comuns o conceito de cuidado holístico, abordagem multidimensional e promoção de qualidade de vida. Além disso, o profissional que se dedica ao cuidado de crianças com necessidades paliativas e às práticas integrativas em saúde deve estar comprometido com o conhecimento técnico de sua área de atuação, com a disponibilidade para criar vínculos de confiança, acolhendo demandas em todas as dimensões do cuidado à criança, sempre respeitando os princípios éticos. Entretanto, ainda há uma escassez de evidências científicas e pouco padrão para o treinamento de profissionais de práticas integrativas com crianças em cuidados paliativos. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática com metanálise para responder à pergunta de pesquisa relacionada à eficácia e segurança das PICS no tratamento de pacientes em cuidados paliativos pediátricos; identificar o escopo de práticas utilizadas em pacientes pediátricos em cuidados paliativos e os possíveis benefícios ou riscos identificados, especialmente nas indicações para controle de sintomas e promoção de qualidade de vida. Método: Foram realizadas duas revisões sistemáticas com metanálises, utilizando descritores universais associados a descritores específicos de cada uma das práticas nas principais bases de dados (Embase, Cochrane, Medline/PubMed, Scopus, Google Scholar, Lilacs, Scielo), com filtro destinado a menores de 18 anos, ou em algumas bases de dados, adicionando os descritores "child*" OR "pediatrics". A população incluída consistiu em pacientes menores de 18 anos, com indicação de cuidados paliativos, submetidos a práticas integrativas e complementares, em comparação aos que não receberam essas práticas. Os resultados analisados foram controle de sintomas, promoção de bem-estar e qualidade de vida. Não houve restrições de idioma ou ano de publicação. A análise estatística utilizou média e desvio-padrão para variáveis contínuas, e frequência e proporção para variáveis dicotômicas, com intervalo de confiança de 95%. A heterogeneidade foi considerada significativa se I²>50%, e p foi considerado significante quando <0,05. Na condução da metanálise em rede, foi utilizada a abordagem frequentista em linguagem R, no programa R Studio. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão, 43 estudos foram selecionados para análise final em cada revisão. Foi possível observar que, nestas pesquisas, os grupos mais estudados foram os de doenças oncológicas, neurológicas e doenças crônicas que ameaçam a vida. Citamos, como desfechos mais avaliados no controle de sintomas: dor, ansiedade, náuseas, vômitos, insônia, espasticidade, fadiga, convulsão e constipação. No que concerne à qualidade de vida, foram estudados o estresse relacionado à doença ou tratamento, estado funcional, bem-estar, estratégias de enfrentamento, humor, suporte social e de saúde mental. Foi possível realizar uma metanálise com dois estudos que utilizaram a medicina ayurvédica no tratamento da espasticidade de crianças com condições neurológicas, e uma metanálise em rede com os desfechos citados anteriormente, aplicando terapias como hipnose, musicoterapia, aromaterapia, fitoterapia e terapias mente-corpo. Conclusões: Apesar de poucos estudos em formato de ensaio clínico randomizado e metodologias bem definidas, alguns resultados chamaram atenção quando analisados estatisticamente. Foi possível evidenciar benefícios com a prática de manipulação corporal da medicina ayurvédica no auxílio do controle de espasticidade em crianças com paralisia cerebral em cuidados paliativos, bem como a aplicação de hipnose, direta e indireta, no controle de sintomas e promoção de qualidade de vida em pacientes oncológicos, com condições neurológicas ou outras doenças crônicas complexas em cuidados paliativos. |