Avaliação do ensino em cuidados paliativos na residência médica de pediatria no Estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fiuza, Marcia Degobi Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129363
Resumo: Introdução: Cuidado Paliativo Pediátrico (CPP) é uma área de atuação relativamente nova, cuja demanda vem aumentando progressivamente, especialmente no Brasil. Apesar disso, uma parcela relevante desses pacientes padecem sem receber controle adequado de seus sintomas. Falhas na capacitação do profissional de saúde podem contribuir para esse problema. Objetivo: Avaliar, através das percepções do médico residente em pediatria, a qualidade do ensino em CPP ao longo da sua formação. Métodos: Estudo transversal realizado por meio da aplicação do Questionário de Cuidados Paliativos Pediátricos (QCPP) aos médicos residentes de pediatria e especialidades de três Hospitais públicos da rede da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Rede SESA) vinculados à Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE) que dispõem de programas de residência médica no período de 01/09/21 A 30/09/21. Resultados: A taxa de resposta para o instrumento foi de 68 dos 123 residentes (55%). De um modo geral, os residentes se julgaram capazes de definir os cuidados paliativos e explicar sua importância às famílias. Também não veem a especialidade como uma desistência e nem a consideram sinônimo de morte do paciente. E, quando necessário, sentem-se confortáveis em explicar para a família o processo fisiológico do morrer. Com relação ao tempo destinado ao ensino de CPP, tanto na graduação quanto na residência médica, os profissionais consideraram as horas reduzidas. Para aqueles que cursavam alguma subespecialidade, o número por eles sinalizado foi de ¿zero horas¿ em 82,40%. Conclusão: Pode-se inferir que as principais falhas no processo de ensino-aprendizado dos residentes de pediatria da ESPCE estavam relacionadas à quantidade de horas destinadas ao ensino, aos treinamentos de habilidades de comunicação (através da participação em conferências familiares) e à orientação sobre a prática de suspensão de medidas invasivas. Foi observado que menos tempo reservado a esse aprendizado relacionou-se a menores conhecimentos e, consequentemente, maiores barreiras à utilização dos cuidados paliativos. De um modo geral, aqueles que se declararam aptos a cuidar de crianças portadoras de condições ameaçadoras à vida haviam recebido algum ensinamento em CPP. Palavras-chave: Cuidados paliativos; Pediatria; Saúde da Criança; Educação Médica; Residência Médica.