Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Parolari, Regina [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63918
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Resumo: |
O controle de microplásticos no ambiente marinho tem se mostrado um grande desafio, devido ao constante crescimento populacional e, consequentemente, aumento do consumo e da produção industrial. Estima-se que mais de um terço dos microplásticos primários, presentes nos oceanos, sejam provenientes do enxágue de Produtos de Cuidados Pessoais e da lavagem de Roupas Sintéticas. Os hábitos de consumo são responsáveis por gerar resíduos de polímeros sintéticos que são, diariamente, despejados em corpos hídricos, causando riscos aos ecossistemas marinhos e à saúde humana. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção da comunidade acadêmica do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, em relação à degradação do ambiente marinho pela presença de microplásticos pós-consumo, resultantes do enxágue de Produtos de Cuidados Pessoais e da lavagem de Roupas Sintéticas, em função de fatores socioeconômicos (escolaridade, categoria ocupacional, idade e renda familiar). O fator formação acadêmica/profissional não foi levado em consideração. Foi utilizado um questionário constituído por 15 perguntas divididas em 04 sessões: i) Perfil socioeconômico; ii) Microplásticos em Produtos de Cuidados Pessoais; iii) Microplásticos em Roupas Sintéticas e; iv) Microplásticos no ambiente marinho. A amostra foi composta de forma a englobar todas as categorias ocupacionais do campus Baixada Santista. O presente estudo contou com a colaboração de 26 docentes do Instituto Saúde e Sociedade (ISS) e 28 do Instituto do Mar (IMar), 167 discentes de graduação do ISS e 144 do IMar, 60 discentes de pós-graduação Strictu sensu (Mestrado e Doutorado), 44 discentes da Universidade Aberta a Pessoa Idosa (UAPI), 55 técnicos administrativos e 10 funcionários terceirizados, totalizando uma população de 534 indivíduos. Os resultados apontaram que os fatores socioeconômicos analisados influenciaram na percepção dos indivíduos que compõem a comunidade acadêmica do campus. No fator escolaridade, os entrevistados com Ensino Superior completo e Pós-Graduação, apresentaram mais conhecimento e domínio do assunto, bem como interesse em mudar os seus hábitos de consumo adquirindo PCPs e RS compostos de matérias-primas naturais. Em relação ao fator categoria ocupacional, os docentes do IMar apresentaram maior percepção em relação aos PCPs e RS, enquanto os docentes do ISS, demonstraram maior conhecimento em relação aos responsáveis pelos microplásticos no ambiente marinho e as formas de reduzir estes materiais neste ambiente, denotando ausência de transversalidade do conhecimento ente os dois institutos. No fator renda familiar os entrevistados com rendas altas, apresentaram um maior conhecimento e percepção em comparação aqueles com renda baixa. Demonstraram também interesse em mudar os hábitos de consumo e investir em produtos ambientalmente sustentáveis. Com relação ao fator idade, os participantes mais jovens demonstraram, maior percepção de conhecimentos em relação aos PCPs e RS, maior interesse e disponibilidade em mudar de hábitos. Concluimos que os quatro fatores foram determinantes, na amostra estudada, interferindo na percepção dos indivíduos em relação a degradação do ambiente marinho decorrente da presença de microplásticos pos-consumo provenientes do enxague de PCPs e da lavagem de RS. Devem, portanto, ser utilizados para estabelecer medidas mais efetivas de proteção ao meio ambiente marinho, visto que, são determinantes na questão da consciência, incentivo e conhecimento. |