Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
De Simone, Sergio Antonio [Unifesp] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70019
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Resumo: |
O Serviço Sanitário paulista, responsável pelo primeiro Código Sanitário do estado (1894), regulamentou os serviços de saúde pública e introduziu regras urbanísticas dedicadas ao saneamento do meio ambiente urbano. Em 1896, foi criada a Diretoria do Serviço Sanitário; embora, desde 1893, a desinfecção por meio de aspersão de compostos químicos era encargo do recém-criado Serviço Geral de Desinfecções (SGD), sediado no prédio erguido no Bom Retiro: o Desinfectorio Central (DC-SGD). Foi signo emblemático do período, testemunho primordial da estruturação do atendimento à saúde. Nessa lógica, médicos, engenheiros e arquitetos idealizaram exemplar arquitetônico de programa singular com novos equipamentos - veículos de períodos diversos –, procedimentos técnicos e farmacêuticos que atenderam aos processos de desinfecção de objetos e ambientes. Modelo remanente dessa concepção, seu caráter diferenciado exigiu singularidades e ajustes das instalações e aparelhos importados à estética arquitetônica do período. Equipamentos e tecnologias estabeleceram inéditos parâmetros tectônicos operaram profundas mudanças em busca de modernidade e progresso material e científico que a sociedade paulistana almejava conquistar, naquela conjuntura de pujança econômica, resultante da expansão da cultura do café. Até a década de 1920, o SGD foi o centro das ações de combate à transmissão de moléstias. Ao final, teorias miasmáticas verificaram-se equivocadas e medidas profiláticas caíram em desuso, como as desinfecções. O período de atividade o Desinfectorio revelou resquícios práticos da convivência entre ideias em momento de transição da medicina. Em 1925, o SGD foi extinto e o prédio abrigou outros setores de saúde. Ao enunciar novos programas de uso para as edificações e do espaço público, os códigos sanitários tornaram-se aparato de controle urbano e social, em função das epidemias. Assim, seu prédio foi o vórtice de articulação entre o conhecimento médico, o policiamento da imigração, a profilaxia urbana e o controle das conexões que se estabeleceram entre cidades interiorizadas no território paulista. |