Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Melo, Ana Karla Guedes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70857
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Resumo: |
Contexto: Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou uma pandemia devido à doença causada pelo novo coronavírus, a COVID-19. Um subgrupo de pacientes com COVID-19 pode ter uma síndrome inflamatória sistêmica, denominada síndrome da tempestade de citocinas, com amplificação da resposta imune e desregulação dos mecanismos supressores da cascata inflamatória. Objetivos: Identificar biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas associados a casos graves e fatais da COVID-19. Métodos: Uma busca com descritores e sinônimos padronizados foi realizada em 28 de novembro de 2020 no MEDLINE, EMBASE, Biblioteca Cochrane Central, Clinical-Trials.gov, LILACS e The World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform, para identificar estudos de interesse. Pesquisas na literatura cinzenta e técnicas de snowballing também foram utilizadas para localizar trabalhos ainda não publicados e citações relacionadas. Dois revisores examinaram independentemente os títulos e resumos recuperados, selecionaram estudos elegíveis para inclusão, extraíram dados dos estudos incluídos e avaliaram o risco de viés usando a Escala de Newcastle-Ottawa modificada. Os estudos elegíveis foram aqueles que incluíram níveis séricos de interleucina-6 e outros parâmetros laboratoriais de pacientes admitidos para internação hospitalar por COVID-19. Os valores de interleucina-6, ferritina, hemoglobina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D foram extraídos dos estudos. Avaliou-se a certeza da evidência utilizando a abordagem GRADE para alguns desfechos priorizados. Metanálises de efeito randômico foram realizadas usando os dados laboratoriais, para estimar as diferenças de médias com intervalo de confiança de 95%. O software R foi utilizado para os cálculos. Resultados: A busca nas bases de dados resultou em 9.620 registros; 40 estudos (contendo um total de 9.542 pacientes) foram incluídos na análise final. Vinte e um estudos (n = 4.313 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados à gravidade da COVID-19; dezoito estudos (n = 4.681 pacientes) avaliaram dados laboratoriais associados ao desfecho de mortalidade, e um estudo (n = 548 pacientes) avaliou biomarcadores associados a casos graves e fatais da COVID-19. Níveis elevados de interleucina-6, ferritina, dímero-D, aspartato aminotransferase, proteína C reativa, desidrogenase láctica, procalcitonina e creatinina, além de linfopenia, trombocitopenia, leucocitose e neutrofilia foram associados a casos graves e fatais da COVID-19. Conclusões: Esta revisão aponta que os níveis séricos de interleucina-6, ferritina, leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, desidrogenase láctica, aspartato aminotransferase, creatinina e dímero-D são importantes biomarcadores da síndrome da tempestade de citocinas na COVID-19. A determinação precoce de níveis elevados de interleucina-6 e ferritina séricas em pacientes internados por COVID-19 deve ser considerada como sinal de alerta de hiperinflamação sistêmica e mau prognóstico. |