Avaliação de biomarcadores circulantes da depressão geriátrica e da doença de Alzheimer: uma revisão sistemática
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Neurociências UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36511 |
Resumo: | A depressão acomete 10,3% dos idosos no mundo. A Doença de Alzheimer (DA) ocorre em 6 - 7% dos idosos. Ambos os transtornos são frequentes na população geriátrica, o diagnóstico é primordialmente clínico e impactam na qualidade de vida. Prejuízos cognitivos e funcionais estão associados à depressão no idoso e podem permanecer mesmo após a remissão dos sintomas de humor. Pacientes com DA podem apresentar sintomas depressivos, principalmente nas fases iniciais. Portanto, é desafiadora a distinção entre depressão e DA em geriatria. O estudo de biomarcadores pode auxiliar nessa diferenciação. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática da literatura em relação aos biomarcadores circulantes associados à depressão no idoso e à DA. Métodos: A partir das bases de dados MEDLINE e LILACS, foram procurados artigos originais, em humanos, em idosos, nas línguas portuguesa e inglesa, sem limite para data de entrada. Resultados: Foram avaliados 21.864 artigos e incluídos para a extração de dados final 213 estudos. A depressão no idoso comparada com controles saudáveis: (i) não mostrou associação com o alelo da apolipoproteína E epsilon 4 (APOE e4) e com Aβ42 em líquor; (ii) evidenciou redução dos níveis circulantes periféricos de Aβ42 e Aβ42/Aβ40 e aumento de neurofilamento de cadeia leve (NFL) em líquor e de marcadores inflamatórios, especialmente IL6, IL1β e TNFα; (iii) não mostrou alterações dos níveis liquóricos de proteínas tau e neurogranina em idosos deprimidos. Pacientes com DA comparados com controles saudáveis: (i) apresentaram aumento dos polimorfismos do gene da APOE e do alelo APOE e4; (ii) evidenciaram diminuição de Aβ42 e aumento de proteínas tau, t-tau e p-tau/Aβ42, VILIP-1, YKL-40, NFL e neurogranina liquóricos; (iii) os dados sobre marcadores inflamatórios e neurotróficos foram inconclusivos. Pacientes com DA comparados com depressão no idoso apresentaram diminuição de Aβ42 e aumento de t-tau, p-tau e neurogranina em líquor e homocisteína circulante periférica. Não foram encontrados estudos de marcadores inflamatórios ou genéticos comparando pacientes com DA e idosos deprimidos. Conclusões: São necessários mais estudos que relacionem as características clínicas da depressão no idoso com os biomarcadores e que avaliem longitudinalmente, na depressão no idoso e na DA, os marcadores Aβ, tau, homocisteína, NFL e neurogranina. |