Uma análise dialógica da proposta curricular do Estado de São Paulo: significados e atravessamentos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10809146 https://hdl.handle.net/11600/63644 |
Resumo: | Nesta dissertação de mestrado, investigam-se os impactos da oscilação conceitual acerca do entendimento de língua e linguagem na Proposta Curricular do estado de São Paulo de Língua Portuguesa para o Ensino Médio, dos anos 2008, 2010/2012, considerados como enunciados concretos. Do ponto de vista dialógico da linguagem, entende-se o currículo paulista em uma cadeia enunciativo-discursiva constituída por enunciados que regulamentam tanto o funcionamento quanto a organização da escola, por meio de documentos oficiais. Ademais, esses enunciados também se apresentam na prática efetiva em sala de aula por intermédio dos materiais destinados a professores e alunos. Nesse sentido, o currículo escolar do estado de São Paulo, no ano de 2008, 2010/2012, são objetivados como Proposta Curricular, Caderno do Professor e Caderno do Aluno. Tais documentos efetivam-se em um campo discursivo híbrido cuja constituição se dá entre os campos político-partidário e pedagógico-acadêmico. A seleção deste currículo de 2008, 2010/2012 deve-se ao fato de que foi implementado para estruturar e organizar toda a rede estadual de ensino no estado de São Paulo. A análise demonstra que o tensionamento conceitual ocorreu na cadeia enunciativo-discursivo dos enunciados tomados como objeto de análise, isto é, o currículo e os Cadernos do Professor e do Aluno. A oscilação do conceito de língua/linguagem se apresentou no material curricular como um código a ser assimilado e como participação no mundo verboideológico, na cadeia, no instante em que se analisou o fragmento do enunciado deflagrador: os Cadernos do Aluno e do Professor e não no currículo. Dito isso, tanto na versão do ano de 2008 quanto na de 2010/2012 da Proposta Curricular, a presença de vozes sociais de conjunturas distintas, na posição autoral, caracterizou a tensão discursiva, evidenciada pelo processo analítico. Os resultados deste estudo mostram que a oscilação entre língua e linguagem também se deve ao fato da pluralidade de vozes sociais na posição de autoria no documento, posicionando o professor eticamente responsável pela eficácia do novo currículo. Para que se pudesse chegar a esse resultado, foram mobilizados os estudos de Bakhtin (2016; 2018), Volóchinov (2016; 2017) e Medviédev (2016) para a compreensão da Proposta Curricular enquanto um enunciado integrante de uma cadeia enunciativa-discursiva. Além de Goodson (2013; 2018), Malanchen (2016), Sacristán (2000), Saviani (2011; 2013; 2016) para o entendimento de currículo escolar. |