Associação entre zumbido e hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Figueiredo, Ricardo Rodrigues [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2945042
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47966
Resumo: Introdução: O zumbido, a percepção de um ruído não associado a um estímulo acústico externo, é considerado pela maioria dos autores como um sintoma de origem multifatorial. Uma revisão sistemática sobre a associação entre zumbido e hipertensão arterial sistêmica (HAS) retornou indícios de uma associação positiva, sem que se tenha encontrado uma análise detalhada do tema. Objetivos: Verificar a presença e as características do zumbido nos pacientes hipertensos. Verificar diferenças no impacto causado pelo zumbido, bem como em suas características psicoacústicas, em pacientes normo e hipertensos e avaliar a associação entre a presença de zumbido e as diversas medicações antihipertensivas utilizadas. Método: Estudo caso-controle transversal, comparando dois grupos de indivíduos, com e sem zumbido, em um total de 284 indivíduos (144 no grupo de casos e 140 no grupo-controle). Também foram comparadas características demográficas, clínicas, audiométricas e psicoacústicas do zumbido entre pacientes normo e hipertensos. Resultados: A prevalência encontrada de hipertensão nos pacientes com zumbido foi de 44,4% contra 31,4% em indivíduos sem zumbido (p=0,024). A idade dos pacientes com zumbido e HAS foi significativamente maior do que a idade dos pacientes com zumbido sem HAS (mediana de 66 do grupo com zumbido contra 52,5 do grupo sem zumbido, p=0,0001). Foram encontradas associações positivas com a presença de zumbido nos pacientes em uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina ( p=0,006), diuréticos tiazídicos (p<0,0001), diuréticos poupadores de potássio ( p=0,016) e bloqueadores de canais de cálcio (p=0,004). Conclusões: Existe associação entre hipertensão arterial sistêmica e zumbido. Essa associação é intensificada pelo aumento da idade, sem ser influenciada pelos fatores sexo e raça. Existe tendência estatística de associação entre a presença concomitante de HAS e diabetes mellitus e a presença de zumbido. O consumo de cafeína é maior nos pacientes sem zumbido. O uso de diuréticos, inibidores da enzima de conversão da angiotensina e bloqueadores dos canais de cálcio foi mais prevalente nos pacientes com zumbido. Não há diferenças entre as características audiométricas, psicoacústicas e o incômodo gerado pelo zumbido entre hipertensos e normotensos