Utilização do treinamento auditivo como intervenção para indivíduos com zumbido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Maria Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102021-161101/
Resumo: O zumbido é um sintoma descrito como uma percepção sonora que pode acometer uma parcela significativa da população, sendo considerado como um problema de saúde pública, devido as suas negativas consequências na qualidade de vida do indivíduo. Avaliou-se os efeitos do treinamento auditivo (TA) como intervenção para indivíduos com queixa de zumbido quanto à severidade do sintoma e as suas características psicoacústicas. Foram selecionados adultos com queixa de zumbido associada ou não à perda auditiva sensorioneural bilateral, de grau leve à moderado. Foram realizadas as seguintes avaliações antes e após a realização do TA: Tinnitus Handicap Inventory (THI), a Escala Visual Analógica (EVA), Nível Mínimo de Mascaramento (NMM), audiometria de altas frequências (AAF), acufenometria e TA em todos os pacientes. Os participantes da pesquisa foram orientados a realizar o TA em casa, por no mínimo 20 minutos e no máximo 30 minutos, durante cinco dias consecutivos na semana (uma vez por dia), ao total de quatro semanas, por meio do Portal Afinando o Cérebro. Foram incluídos na pesquisa 23 indivíduos, alocados em dois grupos (G1 e G2). O G1 foi composto por 15 indivíduos, sem perda auditiva e que realizaram o TA. O G2 foi composto por oito indivíduos que apresentavam perda auditiva sensorioneural bilateral, adaptados com AASI miniretroauricular conforme as características de cada indivíduo, após a adaptação, iniciaram o TA em casa. A média de idade dos indivíduos do G1 foi de 51,73±13,11 e do G2 de 72,13±8,94. Apenas o G2 apresentou achados estatisticamente significantes, na avaliação com o THI e EVA, nos instantes pré e pós intervenção com TA. Quanto às medidas psicoacústicas, foram encontradas diferenças significativas na comparação entre os grupos. As diferenças estatisticamente significantes encontradas neste estudo revelaram resultados mais favoráveis ao grupo com intervenção combinada (G2) na análise do THI e EVA, nos instantes pré e pós TA, sendo que os resultados das mensurações psicoacústicas não mostraram diferenças significativas quanto ao uso do TA como intervenção, desta forma, as diferenças encontradas não foram suficientes para afirmar que o TA traz benefícios quando utilizado como intervenção para o zumbido.