Efeito do treinamento físico e da administração de óleo de peixe sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2380560 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47913 |
Resumo: | O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos mais prevalentes entre crianças/adolescentes. Estas crianças/adolescentes apresentam alterações para manter a atenção, funções executivas e comportamento que comprometem a sua vida diária. Apesar de o tratamento medicamentoso ser bastante utilizado, alguns pais ainda buscam alternativas não medicamentosas para seu tratamento. Neste sentido, a literatura tem demonstrado que o tipo de ambiente e o estilo de vida têm forte influência sobre a saúde (física e mental). Dentre estes hábitos estão a alimentação e a prática de exercícios físicos. A sociedade moderna tem diminuído tanto o consumo de ômega-3 quanto tem cada vez mais diminuído as atividades físicas, o que parece ser extremamente prejudicial para a população. Estes hábitos parecem ser fundamentais desde a infância, uma vez que esta é a fase em que ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso central. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento físico e da administração de óleo de peixe sobre o comportamento, funções cognitivas e os níveis sérios de IGF-1, BDNF, TNF-? IL-6 e IL-10 em crianças com perfil comportamental de TDAH. Foram selecionadas 47 crianças com TDAH, do sexo masculino, com idade entre sete e 14 anos. Os voluntários foram distribuídos, aleatoriamente, em quatro grupos: Grupo Controle (GC), Grupo Treinamento (GT), Grupo Ômega (GO), e Grupo Treinamento + Ômega (GTO). O tratamento teve a duração de três meses. Os grupos GO e GTO receberam 1,1 g de óleo de peixe, duas vezes ao dia e os grupos GC e GT cápsulas idênticas, porém contendo óleo mineral. O estudo foi duplo-cego em relação à ingesta das cápsulas. Já os grupos GT e GTO realizaram o treinamento físico com múltiplos componentes, três vezes por semana, uma hora por dia em uma intensidade moderada. No início e ao final do protocolo foram realizadas avaliações comportamentais, sanguíneas e das funções cognitivas. O Grupo Ômega apresentou uma menor gravidade de TDAH; diminuiu o número de erros, aumentou o tempo até cometer um erro e o percentil na avaliação da atenção seletiva; diminuiu o tempo para realização da prancha 3 e o tempo até cometer um erro na prancha 2 no teste Stroop; e aumentou o número de acertos no subteste Procurar Símbolos após o tratamento. O Grupo Treino apresentou um valor maior nível de atividades e total de competências ao final do tratamento. O Grupo TO apresentou uma diminuição nos valores referentes à escala de deficiência de ácidos graxos essenciais, dos sintomas de desatenção, a gravidade do total de sintomas de TDAH, dos sintomas de lentidão cognitiva e de problemas de estresse pós-traumático e um aumento no desempenho escolar ao final do tratamento. Com relação às analises sanguíneas os grupos Ômega e TO demonstraram um aumento significativo nos níveis sérico de DHA e EPA, e uma diminuição das razões AA/DHA e AA/EPA ao final do tratamento. Tanto o Grupo Controle quanto o Grupo Treino aumentaram os níveis de IGF-1 se comparado ao valor inicial. Não houve diferenças significativas para as variáveis IL-10, IL-6, BDNF e TNF alfa. Desta forma podemos concluir que o tratamento com óleo de peixe melhorou os sintomas do TDAH, o controle inibitório, atenção seletiva, e as atividades diárias (pragmatismo útil), enquanto aumentou os níveis séricos de DHA e EPA e diminuiu as razões AA/DHA e AA/EPA. O treinamento físico melhorou os sintomas de TDAH, as atividades diárias (pragmatismo útil) e aumentou os níveis séricos de IGF-1. Já a combinação dos dois tratamentos melhorou (segundo os responsáveis) a atenção os sintomas do TDAH, o desempenho escolar, a lentidão cognitiva, os sintomas de estresse pós-traumático e os sintomas relacionados à deficiência de AGE, além de aumentar os níveis séricos de DHA e EPA e diminuir as razões AA/DHA e AA/EPA. Entretanto estas melhoras não parecem ser mediadas por alterações das citocinas pró ou anti-inflamatórias, xv IGF-1 ou BDNF. Já a melhora no controle inibitório no grupo que recebeu óleo de peixe parece estar relacionada ao aumento do DHA sérico. |