Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Geisa Ferreira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10384
|
Resumo: |
Neste estudo, 151 isolados brasileiros de Sporothrix schenckii foram caracterizados quanto as suas características fenotípicas e genotípicas. Quanto às características fenotípicas, a maioria dos isolados apresentou conídios ovais, sendo que os de origem animal são maiores que os de origem humana (animal: 2,96 ± 1,07 versus forma linfocutânea: 2,37 ± 0,43; forma fixa: 2,33 ± 0,53). Os isolados provenientes da região Norte do Brasil são os mais termotolerantes e os isolados do Nordeste são os mais termossensíveis. Os isolados de origem animal são mais tolerantes à temperatura quando comparados com isolados obtidos de pacientes. Os isolados brasileiros apresentaram grande variabilidade genética quando avaliados por RAPD. Por Southern Blot, utilizando a enzima APA I para o estudo do polimorfismo das regiões ITS, três genótipos foram obtidos. Não houve correlação entre o perfil obtido por RAPD ou Southern Blot com a origem clínica ou geográfica dos isolados. A secreção de proteínas/glicoproteínas é variável entre os isolados, sofrendo influência direta do meio de cultura. Os isolados brasileiros avaliados são produtores das enzimas DNAse e urease, 15,78% produzem gelatinase, 26,31% produzem proteinase e 21,05% produzem caseinase. Todos os isolados avaliados toleram pressão osmótica de 16,6% de glicerol, 89,47% toleram 20% e todos são inibidos a 23% e 28,5 % de glicerol. Todos os isolados avaliados toleram pressão salina de 6% e 8%; 42,10% toleram pressão de 9% e 10% de sal e todos são inibidos a 12% de sal. Todos os isolados avaliados crescem na faixa de pH de 2,2 a 12,5. A patogenia e virulência são variáveis entre os isolados, podendo estar relacionada ao genótipo do isolado. Diferentes proteínas são reconhecidas pelos soros dos camundongos infectados, sendo a molécula de 60 kDa, a mais reconhecida neste sistema. Em relação à esporotricose humana, as moléculas de 70 kDa e 38 kDa são comumente reconhecidas por soros de pacientes com esporotricose fixa e linfocutânea. O antígeno bruto do isolado Ss 118 e a fração SsCBF são eficientes para diagnóstico da esporotricose felina através da técnica de ELISA. A fração SsCBF é capaz de elicitar resposta imune do tipo HTT em camundongos experimentalmente infectados. Em geral, os resultados indicam que os isolados brasileiros são heterogêneos, apresentando características genéticas e fenotípicas individuais, independentes de sua origem. Somente a área conidial e a tolerância a temperatura foram características fenotípicas relacionadas à origem. |