Interação de isolados do complexo Sporothrix schenckii com modelo de derme humana e matriz do tipo lâmina basal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sanches, Glenda de Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12787
Resumo: O Sporothrix schenckii é um fugo dimórfico e agente etiológico da esporotricose humana e animal. Esta micose é endêmica na América do Sul e, envolve o tecido cutâneo e subcutâneo. Diferentes manifestações clínicas estão relacionadas com o estado imune do hospedeiro e fatores intrínsecos de virulência do patógeno. Desde 2007, estudos moleculares demonstraram que esta espécie, compreende um complexo de espécies crípticas. Atualmente, no Brasil, as duas espécies circulantes de maior importância são S. schenckii e S. brasiliensis. No Estado do Rio de Janeiro, a espécie mais prevalente é S. brasiliensis, onde até 2012 foram registrados cerca de 3000 casos de esporotricose humana e 4000 casos de esporotricose felina. Esta micose se dá pela implantação traumática do patógeno, que através de rota paracelular, adere à matriz subendotelial nativa (lâmina basal), iniciando a disseminação por via hematogênica. Porém, as moléculas envolvidas neste processo de colonização e invasão expressas por ambas as espécies ainda são pouco conhecidas. O principal objetivo deste trabalho foi analisar o perfil de virulência de isolados das espécies, S. schenckii e S. brasiliensis, através da comparação em três modelos distintos. O primeiro modelo utilizado, in vivo, foi um modelo murino de esporotricose subcutânea para analisar a extensão das lesões e a disseminação do patógeno. Os outros dois modelos, in vitro, foram utilizados para a análise da adesão das cepas em dois sistemas: matriz subendotelial nativa e, derme humana artificial. Para a realização destes experimentos, oito isolados foram selecionados: dois da espécie S. schenckii e seis da espécie S. brasiliensis. Os resultados mostraram que no modelo murino de esporotricose subcutânea, os isolados de S. brasiliensis mostraram-se mais virulentos do que os de S. schenckii. Em contrapartida, os isolados de S. schenckii apresentaram maior adesão à MEC e à derme humana artificial. Curiosamente, tanto os isolados de maior quanto os de menor virulência testados neste trabalho pertenciam à espécie S. brasiliensis. Devido à esta grande variabilidade encontrada nesta espécie, por exemplo, são necessários mais estudos para se poder correlacionar de forma segura o grau de virulência, a capacidade adesiva e a espécie patogênica do complexo Sporothrix.