Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Martins, Manoel Ruiz Corrêa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65335
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações entre a “Ilustrada” (o caderno de cultura do jornal Folha de S.Paulo), a MPB (Música Popular Brasileira) e o cenário musical brasileiro dos anos 1980. Trata-se de um estudo com foco na história da imprensa no Brasil, que faz interlocuções com a historiografia da música popular e com as questões relacionadas à indústria fonográfica do último quarto do século XX. O recorte temporal da pesquisa (1979-1985) abrange um momento em que a Folha implantava um projeto editorial (conhecido como Projeto Folha), cujas injunções afetaram a “Ilustrada”, sua redação e seus parâmetros jornalísticos. Paralelo a isso, a indústria fonográfica atravessava uma grave crise, seguida de um processo de concentração e desnacionalização, o que demandou a redefinição de suas táticas comerciais. As grandes gravadoras, nessa direção, buscaram, entre outras coisas, a redução de seus quadros de funcionários e artistas, a segmentação do mercado, a juvenilização do mundo do disco e a multiplicação de lançamentos internacionais ou de discos nacionais regados a referências ao rock e aos gêneros da música jovem internacional. Diante de um cenário hostil à renovação de artistas, um grupo de intérpretes e compositores de São Paulo, às fímbrias dos terrenos do “circuito oficial”, destacou-se ao impulsionar uma movimentação pautada na ideia de produção “independente”. Tratando sobre o complexo cenário musical dos anos 1980, a crítica da “Ilustrada” buscou ordenar a recepção e o uso que o público eventualmente faria dos materiais sonoros. Nesse itinerário, a sigla MPB adquiriu múltiplos significados, sendo colocada, por parte da “Ilustrada” e de outros setores da indústria cultural, diante de um paradoxo: ora acusada de estar em “crise”, uma vez que não mais correspondia às angústias e expectativas da juventude brasileira que vivia o ato final da ditadura militar, ora usada como uma espécie de filtro de organização do mercado e elemento enriquecedor das novas cenas musicais que se popularizavam (como o movimento dos “independentes”, o rock e a música infantil). Considerando que a imprensa atua como uma força ativa nos processos sociais, propomos que a “Ilustrada” não apenas retratou os acontecimentos que envolveram a MPB e a indústria fonográfica dos anos 1980, como também influiu sobre os seus rumos. |