A produção fonográfica independente no início da era neoliberal: a reconfiguração de um movimento (1990-1997)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Pedro Pellegrino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MPB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238707
Resumo: A década de 1990 foi marcada pela transição neoliberal no Brasil, responsável por diversas reorganizações sociais, políticas, econômicas e culturais. Tais mudanças ocasionaram grandes rearranjos na indústria cultural e fonográfica brasileiras, impactando diretamente os artistas independentes e sua maneira de produzir. Caracterizada, em termos gerais, pela busca de liberdade criativa e por uma tentativa de autonomia em relação à maneira de produzir difundida pela indústria fonográfica, baseada na lógica do mercado. Nesta pesquisa analisamos o processo de reconfiguração da produção fonográfica independente, ocorrido ao longo da década de 1990. O enfoque central se deu sobre os músicos independentes do segmento da Música Popular Brasileira (MPB), localizados a cidade de São Paulo, entre 1990 e 1997. Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizamos documentos coletados em revistas especializadas em música e cultura, como também entrevistas com atores-chave deste processo. O interesse pelo tema se deu ao evidenciarmos mudanças, em relação à maneira que os músicos independentes se organizaram e produziram na década de 1980, tendo como ponto de referência para esta comparação, a experiência vivida no Teatro Lira Paulistana, local que aglutinou artistas de diversas áreas e propiciou o início de um movimento artístico independente na cidade de São Paulo. Percebemos que, na década de 1990, a cena independente tanto em âmbito nacional quanto na cidade de São Paulo, se modificou e passou a se organizar através de novos formatos, assim como se configurou uma nova maneira de produzir, fruto das novas tecnologias digitais de produção musical surgidas neste período.