As expressões CD163 e CD206 na superfície celular não se correlacionam com a modulação da produção de citocinas por monocitos humanos tolerantes ao lipopolissacarídeo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves-Januzzi, Amanda Barba [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2618789
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48723
Resumo: Monócitos tolerantes ao LPS produzem pequenas quantidades de citocinas inflamatórias, que também é uma das características dos macrófagos activados alternativos (AAM, M2). Estas células apresentam um aumento da expressão de CD206 (receptor de manose) e CD163 (receptor de hemoglobina-haptoglobina), que são marcadores típicos da ativação alternativa. Dadas as semelhanças funcionais de AAM com a modulação das funções de monócitos observados durante a sepse e a tolerância induzida por LPS, há um crescente interesse em avaliar se as alterações funcionais observadas nestes modelos estão relacionadas com o aumentode M2. Neste trabalho, nós investigamos se monócitos humanos tolerantes apresentariam modulaçãoda expressão de CD206 e CD163, marcadores de ativação alternativa, e se esta modulação estaria relacionada à detecção de citocinas. A tolerância ao LPS foi induzida em células mononucleares do sangue periférico por meio de pré-incubação com concentrações crescentes de LPS. A expressão de CD206 e CD163 e a detecção intracelular deTNF- e IL-6 foram determinadas 24 h após o desafio com LPS por citometria de fluxo. Não foram observadas diferenças na expressão de CD163 entre células tolerantes e não tolerantes, enquanto que a expressão de CD206 foi diminuída após estímulo por LPS em células não tolerantes e ainda mais reduzida em células tolerantes. A diminuição da produção de citocinas inflamatórias foi observada nas células tolerantes, independentemente da expressão de CD163 e CD206, com a exceção de IL-6 em monócitos CD206+, a qual foi igualmente expresso em ambas as células tolerantes e não tolerantes. Em conclusão, o efeito de LPS na expressão de CD163 e CD206 em monócitos não é revertido em células tolerantes LPS, e a inibição de citocinas inflamatórias em células tolerantes não está relacionada com a modulação destes receptores.