Exportação concluída — 

Estudo randomizado, controlado com placebo, duplo encoberto do efeito analgésico do esmolol intraoperatório para gastroplastia laparoscópica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morais, Vinicius Barros Duarte de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9292319
https://hdl.handle.net/11600/64775
Resumo: Justificativa e Objetivos: Os opioides são eficazes para dor pós-operatória mas, especialmente em grandes doses, podem causar efeitos adversos em obesos mórbidos, sendo recomendada analgesia multimodal. Alguns estudos indicaram que os beta-bloqueadores diminuem a necessidade de anestésicos e o consumo de analgésicos pós-operatório. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito analgésico do esmolol em pacientes submetidos a gastroplastia videolaparoscópica. Método: O estudo foi prospectivo, duplo-encoberto, comparativo. Foram avaliados 40 pacientes, entre 18 e 60 anos, de ambos os sexos, estado físico ASA I ou II, submetidos a gastroplastia pela técnica de by-pass, por via laparoscópica e divididos em dois grupos. Os participantes do grupo 1 (Esmolol) receberam esmolol em bolo de 0,5mg/kg em 30mL de solução salina isotônica, antes da indução da anestesia, seguida por infusão venosa de 15ug/kg/min até o término da cirurgia; os do grupo 2 (Salina), receberam 30mL de solução salina isotônica em bolo e infusão de solução salina isotônica, no mesmo volume do grupo esmolol, até o término da cirurgia. A anestesia geral foi com fentanil (3ug/kg), propofol (2-4mg/kg), rocurônio (0,6mg/kg), 50% de oxigênio sem óxido nitroso, e sevoflurano 2%. Havendo necessidade receberam remifentanil em infusão. Foram avaliados: consumo de remifentanil intraoperatório, tempo para necessidade de complementação analgésica pósoperatória, intensidade da dor pós-operatória durante 24h, número de pacientes que necessitaram de complementação e dose total de morfina durante 24h. Os efeitos adversos foram anotados. Resultados: Foram avaliados para elegibilidade, 41 participantes, com exclusão de 1 paciente, sendo randomizados 40, 20 para cada grupo. O tempo para despertar foi menor no grupo esmolol. O número de pacientes que necessitaram complementação com remifentanil foi menor no grupo esmolol que no grupo placebo. A média da dose de remifentanil também foi menor no grupo esmolol. Não houve diferença no tempo para primeira complementação. A intensidade da dor foi menor no grupo esmolol durante 24h, exceto no T0 e após 12h. A média da dose de morfina consumida foi menor no grupo esmolol. Não houve diferenças nos efeitos adversos, náusea e vômito, hipotensão e bradicardia. Conclusões: O esmolol intraoperatório promove efeito analgésico sem provocar efeitos adversos, sendo um medicamento eficaz para analgesia multimodal em obesos submetidos a gastroplastia.