Pirronismo radical e política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schvartz, Vitor Hirschbruch [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67556
Resumo: O conceito de phainómenon é a mais importante noção do pirronismo antigo para a compreensão do assim chamado “lado positivo” do ceticismo. Se a obra de Sexto Empírico ficou famosa pelo arsenal combativo que legou para os milênios subsequentes, filósofos contemporâneos que se autodenominaram neopirrônicos, como Porchat e Fogelin, inspiraram-se no fenomenismo cético para formularem suas posições filosóficas. Partindo de uma visão alternativa da relação do cético com “o que aparece”, a dissertação pretende mostrar como uma interpretação radical e que aponta para a enorme abrangência do escopo da suspensão do juízo cética pode abrir caminho para pensar a questão da ação política do filósofo pirrônico. Um pirrônico radical questiona a verdade de toda e qualquer proposição e não pode se furtar de, quando não frequentemente, eventualmente se posicionar sobre política, e o neopirronismo não pode se furtar de se perguntar sobre como se daria a relação entre uma filosofia sem opiniões e a inevitabilidade da ação política. A dissertação pretende oferecer um esboço das condições de possibilidade que tem um cético radical para exercer a atividade política a partir da sua eleição do phainómenon como critério de ação.