Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Barbosa Neto, Jair Borges [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10605
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Resumo: |
Objetivo: Desenvolver um modelo animal para endofenótipos específicos relacionados aos transtornos de estresse póstraumático (TEPT) e transtorno depressivo maior (TDM) relacionados ao estresse precoce e alterações do eixo HHA. Métodos: Ratos Wistar de ambos os gêneros foram privados de suas mães durante 24 horas no 3° ou 11° dia de vida (PM3 e PM11) e submetidos a choque inescapável quando adolescentes. Ao atingirem a idade adulta realizouse o teste do labirinto em cruz elevado. Foram coletadas amostras de sangue para a medida de corticosterona plasmática em uma condição basal e 15, 30 e 60 minutos após o teste. Os hipocampos destes animais foram isolados e foram quantificadas as monoaminas e os aminoácidos neurotransmissores por HPLC. Resultados: Para as concentrações de corticosterona encontramos um aumento mais robusto nos machos PM11. Os machos do grupo PM3 e as fêmeas do grupo PM11 entraram mais no braço fechado, os machos do grupo PM11 ambularam menos no braço fechado, já as fêmeas PM11 ambularam mais no braço fechado. Os machos PM11NCH apresentaram maiores concentrações de noradrenalina no hipocampo, enquanto que as concentrações de VMA e o “turnover” de NA foram menores nos machos PM3 e PM11 em comparação com os respectivos controles. As fêmeas PM3 e PM11 apresentaram concentrações de NA menores do que o grupo controle. Os machos CH tinham menores concentrações hipocampais de GLU. Os machos PM3 apresentaram concentrações de GABA maiores do que os grupos CTL e PM11 e este último grupo apresentou concentrações menores do que o CTL; os machos CH apresentaram menores concentrações de GABA. As fêmeas PM11 possuíam concentrações menores de GABA do que as fêmeas dos grupos CTL e PM#, que não foram diferentes entre si. Conclusões: O impacto do estressor difere dependendo da maturidade do organismo. Aparentemente os machos privados no 3º dia e as fêmeas no 11o dia são mais ansiosos. A privação materna provocou alterações dos sistemas de transmissão noradrenérgica e serotoninérgica, sendo que machos privados no 11º dia têm uma maior concentração de NA hipocampal, sendo esta diferença marcada entre os que foram estressados com o choque, sugerindo uma semelhança com a clínica dos pacientes com TEPT. Notamos uma alteração paradoxal das concentrações de GABA e GLU entre os machos submetidos ao choque, sugerindo uma alteração da transmissão dos interneurônios gabaérgicos. Os resultados reforçam que devemos nos aprofundar no estudo de endofenótipos específicos, que possam ser mais próximos de nossa realidade clínica. |