Marcadores de inflamação e estresse oxidativo no transtorno de estresse pós-traumático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Peruzzolo, Tatiana Lauxen
Orientador(a): Passos, Ives Cavalcante
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249434
Resumo: O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição que afeta aproximadamente 3,9% da população mundial. O TEPT está relacionado a níveis elevados de incapacidades sociais, profissionais e físicas, bem como a altos níveis de utilização de serviços médicos. Estimativas sugerem que até um terço daqueles que desenvolvem TEPT passam a experimentar uma forma crônica do transtorno que, em muitos casos, dura anos. Entre esses pacientes, comorbidades psiquiátricas e médicas são comuns, com muitos apresentando início precoce de condições relacionadas à idade, como doença cardiometabólica, transtornos neurocognitivos e demência. Novas evidências sugerem que essas consequências biológicas são devidas a elevados níveis sistêmicos de estresse oxidativo e inflamação. Assim, nosso objetivo foi realizar uma revisão sistemática atualizada e metanálise de biomarcadores inflamatórios em pacientes com TEPT, em comparação com controles saudáveis, incluindo também a avaliação de marcadores de estresse oxidativo. Após concluída esta primeira revisão, uma segunda pesquisa avaliando tratamentos para o TEPT que visassem a redução dos biomarcadores inflamatórios foi conduzida. A metanálise incluiu 54 estudos. Os resultados confirmaram os achados do estudo anterior em relação ao aumento das concentrações de IL-6 e TNF-α no TEPT. Esses achados permaneceram significativos mesmo após a exclusão de estudos que avaliaram pacientes em uso de medicamentos psicotrópicos. Adicionalmente, constatou-se que a concentração da PCR é significativamente maior em pacientes com TEPT em comparação com controles. Na segunda revisão, foram detectados 7 estudos que investigaram alterações nos marcadores de estresse inflamatório e oxidativo após tratamento em pacientes com TEPT. Apenas 2 estudos utilizaram medicamentos alternativos como opção de tratamento. Os demais estudos avaliaram a resposta clínica e imunológica a psicofármacos, mais especificamente aos Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina (ISRS) e à vilazodona. Os resultados encontrados são promissores. Estudos com amostras maiores e com maior duração devem ser realizados para confirmar os achados.