Professores iniciantes: as configurações subjetivas dos egressos de cursos de pedagogia inseridos em escolas públicas no estado de são paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Robinson Jacintho de[UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71905
Resumo: Esta tese de doutorado focaliza a investigação sobre as configurações subjetivas das docências, especialmente de professores no início de suas carreiras nas escolas públicas do município de Suzano. Ela se insere em um contexto de pesquisa mais amplo e busca responder ao seguinte problema: quais configurações subjetivas constituem a subjetividade dos professores iniciantes em meio à organização espacial e territorial de escolas públicas em região de vulnerabilidade social do Alto Tietê/Cabeceiras, no Estado de São Paulo? Assim, analisaremos a dinâmica constitutiva da configuração subjetiva desde algumas dimensões do professor iniciante em suas múltiplas relações, a saber: 1) a dimensão da subjetividade docente (González Rey, 1996, 1997, 2000, 2001, 2003, 2004, 2005, 2012, 2013, 2015; Mitjáns Martínez, 2005, 2020 entre outros); 2) a dimensão do início de carreira (Marcelo Garcia, 1999, 2009a, 2009b; Huberman, 1995; Veenman, 1984; Papi 2014, 2018, 2019, 2020 e 2021; Papi e Carvalho, 2013; Papi e Martins 2009, 2010 e 2014 entre outros); 3) a dimensão do trabalho e profissionalidade (Curado Silva, 2017, 2018; silva cruz, 2017; Marx 2004, 2008 e 2013, Philippot, 2008 entre outros); e 4) a dimensão do espaço, território e vulnerabilidade social (Harvey, 2005; Lefebvre, 2006; Santos, 2020; Haesbaert, 2004; Pizarro, 2001 entre outros, como mediadores teóricos e simbólicos, que ofereceram perspectivas para entender as produções subjetivas dos professores e como ela influencia a prática docente). Assumimos, portanto, a compreensão da teoria da subjetividade de González Rey (2017), que interpreta o sujeito como capaz de gerar espaço próprio de subjetivação em suas diferentes atividades-relações e adotamos a metodologia-construtivo interpretativa alicerçados na epistemologia qualitativa do mesmo autor (González Rey, 1997, 2011, 2017, 2019; González Rey e Mitjáns Martínez, 2017). A tese, portanto, sustenta que as práticas pedagógicas das professoras analisadas são profundamente influenciadas por suas experiências individuais e interações emocionais-simbólicas, o que configura uma subjetividade que vai além do saber adquirido em sua formação inicial. Questionando perspectivas convencionais que priorizam exclusivamente competências técnicas, este estudo realça a docência como uma vivência subjetiva enraizada nas experiências de vida dos professores. Por meio da metodologia adotada, foi possível perceber como vivências e emoções dos docentes moldam de maneira significativa sua atuação profissional. Assim, a tese defende uma abordagem na formação de professores que reconhece e incorpora a subjetividade, pleiteando a inclusão das dimensões emocionais e afetivas nos processos formativos para contribuir ainda mais com o desenvolvimento profissional de educadores