Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Mara Lucia da Silva Ribeiro [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62165
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Resumo: |
As especificidades da profissão docente têm revelado a fragilidade da entrada na carreira e a necessidade de planejamento para uma inserção profissional vinculada à aprendizagem ao longo da vida. Na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, a coordenação pedagógica, em sua função formadora, introduz os novos professores e professoras no contexto escolar e institucional da Rede de Ensino. Esta pesquisa tem como principal objetivo, analisar o papel dos coordenadores pedagógicos na inserção docente na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, debruçando-se sobre as relações entre os dois protagonistas desse processo, coordenadores pedagógicos e docentes em início de carreira. Os dados foram coletados em duas Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF), por meio de entrevistas semiestruturadas com coordenadores pedagógicos, professoras e professores do ensino fundamental com no máximo cinco anos de magistério. Este critério tem como referência estudos de Huberman (2000), Tardif (2014) e Garcia (1999), que revelam as fragilidades e dificuldades enfrentadas pelos docentes nos primeiros anos de trabalho e estabelecem esse marco temporal para a definição do conceito de professor iniciante. Esses estudos têm descrito o grande entusiasmo em assumir as responsabilidades da profissão, assim como experiências dramáticas, como o desamparo e a invisibilidade, presentes no período da passagem de estudantes para professores. Os mesmos estudos apontam que o apoio de profissionais mais experientes contribui para o enfrentamento dessas dificuldades, possibilitando uma entrada na profissão mais amena e segura. Fato que expressa a necessidade de planejamento de política públicas de indução, atreladas à formação permanente. Tendo em vista o papel formativo, articulador e transformador de coordenadores pedagógicos (PLACCO; ALMEIDA; SOUZA, 2011, 2015), esses profissionais, ao incluir todas e todos no Projeto Político-Pedagógico (PPP), trabalham também na direção da inserção na docência. Nesta pesquisa, baseamo-nos no conceito de trabalho como a atividade vital do homem, que torna o indivíduo um ser do gênero humano (SAVIANI; DUARTE, 2012). Os dados coletados foram analisados qualitativamente por meio da análise de prosa, método proposto por André (1983), que possibilitou a construção de três categorias para coordenadores pedagógicos e três outras para professoras e professores. Os dados alcançados evidenciam que, na Escola A, a formação pautada na racionalidade técnica, a partir da implementação de um currículo prescritivo, não contribui para a reflexão sobre a prática docente, dificultando a inserção. Embora os coordenadores pedagógicos tenham ciência das dificuldades dos iniciantes, a falta de referenciais teóricos inviabiliza o planejamento de ações formativas que atendam às necessidades do início da docência. Por outro lado, os dados demonstram que, na Escola B, a formação permanente, planejada pelos coordenadores pedagógicos a partir da problematização da realidade para construção coletiva do PPP, ao incluir todas e todos nas discussões pedagógicas, contribui efetivamente para a inserção de docentes iniciantes. Os dados denotam ainda que não há iniciativas por parte da Rede paulistana que acolha docentes em início de carreira, tampouco as normativas de ingresso atentam para suas necessidades. |