Avaliação da virulência e imunogenicidade da espécie emergente Sporothrix brasiliensis
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3116466 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47859 |
Resumo: | A esporotricose é uma infecção fúngica crônica granulomatosa subcutânea e polimórfica que afeta homens e animais. O complexo Sporothrix schenckii que agrega os agentes etiológicos causadores desta micose é composto pelas espécies S. brasiliensis, S. schenckii sensu stricto (s. str.), S. globosa e S. luriei. Estes fungos apresentam dimorfismo térmico e alcançam o hospedeiro via inoculação traumática pelo contato com vegetais, solo e animais infectados, entre eles, felinos e tatus. Esta micose apresenta distribuição mundial, com focos endêmicos em países de clima tropical e subtropical. Nas últimas décadas, foram relatados surtos da doença no Brasil por S. brasiliensis intimamente relacionados à transmissão zoonótica por gatos infectados. Este estudo tem como principais objetivos, avaliar o perfil de virulência de isolados representativos de S. brasiliensis, utilizando S. schenckii s. str. e S. globosa como controles. Avaliou-se o perfil de secreção de proteínas/glicoproteínas e a imunogenicidade de tais moléculas. O estudo de patogenicidade foi conduzido através de infecção subcutânea em modelo murino com o intuito de mimetizar a principal rota de infecção. Desta forma, camundongos foram infectados por via subcutânea na pata esquerda com 5x106 leveduras de cada isolado de S. brasiliensis e controles. Os isolados de S. brasiliensis apresentaram diferentes perfis de virulência sendo classificados como pouco, médio e altamente virulento através da análise de carga fúngica presente nos órgãos, perda de peso, indução à morte dos animais infectados. A análise histopatológica revelou lesões teciduais principalmente quando isolados mais virulentos foram inoculados, confirmando a alta capacidade invasiva do S. brasiliensis. Os perfis proteicos dos isolados foram heterogênios. A maioria dos exoantígenos apresentaram proteínas/glicoproteínas de 30 e 35 kDa. Diferentes proteínas dos exoantígenos foram reconhecidas por IgG nos soros de camundongos infectados, sendo a molécula de 70 kDa a mais reconhecida. Os soros dos camundongos infectados com os isolados estudados reconheceram principalmente as moléculas de 100 kDa e 70 kDa presentes no extrato total do isolado Ss54 (S. brasiliensis) e Ss118 (S. schenckii). A caracterização da espécie de relevância epidemiológica no Brasil realizada neste estudo contribuiu para a melhor compreensão da patogênese da esporotricose. |