Estudo relacional entre retentor episódico e memória episódica no processo normal de senescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Furutani de Oliveira, Mirian Akiko [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23773
Resumo: Segundo o IBGE, até o ano de 2000 existia cerca de 1,02% de brasileiros com mais de 65 anos. Estima-se que este percentual de idosos crescerá de 8,9% para 18,8% até o ano de 2025. Entre as principais queixas cognitivas associadas ao envelhecimento está o declínio da memória, especificamente a esquemas de memória de longo prazo do tipo episódica. O teste de recordação livre de palavras tem sido amplamente utilizado na avaliação da memória episódica. A inserção de palavras semanticamente relacionadas no meio da lista facilita a recordação das mesmas. Este efeito de facilitação semântica pode ser explicado sob a óptica de que há ativação da rede de semântica de conhecimento. Mecanismos associados à memória operacional parecem participar da retenção e posterior evocação das palavras associados ao teste de recordação livre. Entretanto, no que diz respeito ao envelhecimento normal a interação entre esses dois sistemas de memória (longo e operacional) ainda não está totalmente elucidado. Acredita-se que o retentor episódico, componente de memória operacional, seja o responsável por relacionar esses sistemas distintos de memória. A presente pesquisa associou tarefas de memória operacional com o teste de recordação livre de palavras com o objetivo de se observar a relação estabelecida entre esses distintos sistemas. Foram realizados três experimentos com amostra de 26 participantes idosos saudáveis entre 65 e 75 anos e 56 participantes jovens (quatorze homens e quarenta e duas mulheres) graduandos do curso de psicologia. O primeiro experimento demonstrou que as listas com e sem relacionamento semântico não diferiram entre si e que curiosamente nas listas com relacionamento semântico foram perdidos os efeitos de primazia e recência.O segundo experimento mostrou que a complexidade da tarefa executada após a apresentação das listas não influencia na recordação da mesma. O terceiro experimento mostrou que a ordem de evocação dos estímulos associada a complexidade da tarefa dificulta a recordação dos itens. Os experimentos com as amostras de jovens analisados em conjunto demonstraram que a recordação independe da eficiência no desempenho das tarefas de memória operacional. Por fim, segundo experimento analisado com o experimento 3 demonstrou que há melhor desempenho associando-se tarefas secundárias pelo grupo jovem, entretanto a maior recordação verificou-se somente após a tarefa VF.