Memória episódica em cães (canis lupus familiaris) saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sanches, Felipe Jacques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204060
Resumo: A memória episódica é responsável pela recepção e armazenamento de informações sobre episódios temporalmente datados e pela lembrança, consciente, de experiências ou eventos vividos. Sendo, esta, extremamente sensível a degenerações hipocampais, tais como àqueles apresentados por deposição de β-amilóide que precedem o desenvolvimento da doença de Alzheimer (DA) em humanos. Estudos que visam uma maior compreensão desta memória em animais não humanos tornam-se promissores para o desenvolvimento de novos modelos translacionais para doenças neuro-degenerativas, visto a íntima correlação do declínio da memória episódica com o desenvolvimento da DA. Com o objetivo de avaliar a utilização da memória episódica na espécie canina, foram recrutados 90 cães domésticos (Canis lupus familiaris) clinicamente sadios, de idades variáveis, ambos os sexos e raças distintas. Por meio de um teste modificado de avaliação da memória episódica, foi possível inferir que a probabilidade de acertos foi predita pelas variáveis: sexo, idade, peso e pela interação sexo x peso. Fêmeas apresentaram uma taxa de acerto menor comparado aos machos, o mesmo ocorreu em cães de porte pequeno frente aos demais. Ao analisar as variáveis peso e sexo, houve uma interação estatística significativa, demonstrando que fêmeas de porte pequeno (<9kg) apresentaram uma porcentagem de acerto menor aos demais grupos. A única variável que apresentou uma distribuição igual entre grupos, foi o fator “idade”. Animais idosos apresentaram uma probabilidade de acerto menor quando comparados com cães mais jovens, independente do sexo e do peso corpóreo. Através dos resultados obtidos, nosso estudo confirmou a capacidade de cães utilizarem a memória episódica e identificou um declínio significativo em cães geriátricos clinicamente saudáveis, sem alterações cognitivas evidentes.