O devir-surdocego na inclusão escolar e as possíveis linhas de fuga nas políticas da Educação Especial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Niclaudia Maria de Barros [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67212
Resumo: A presente pesquisa objetiva apresentar e defender a potência do devir-surdocego na perspectiva de uma educação inclusiva. A hipótese indica que o processo de formação da escola, sendo um aparelho disciplinar de adestramento de corpos sistematizados politicamente, sempre funcionou como um campo hierarquizador, segregador, homogêneo e promotor mercadológico. Entretanto, na emergência da inclusão, adentrar no sistema neoliberal, desde a década de 1990, as políticas inclusivas possibilitaram a visibilidade da inclusão da diversidade e das singularidades humanas, ainda que de modo muito tímido. A problemática, então, surge com o impasse das políticas de inclusão implementadas na educação inclusiva a partir do século XX que, pelos óculos deleuzo-guattariniano, incidem sobre inclusão da diversidade e não da diferença. Todavia, sustenta-se que o devir-surdocego, na inclusão, cria linhas de fuga que escapam à regularidade, pois, a escola, sendo um espaço de encontros outros é interpelada pelo corpo heterotópico surdocego, que não se permite capturar e sempre afronta as políticas de inclusão. Fruto de uma análise documental, o estudo se faz relevante por contribuir com um aporte teórico para se pensar o surdocego como acontecimento, possibilitando a emersão de novos olhares para a educação inclusiva.