Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alvim, Andre Koutsodontis Machado [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/64052
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Resumo: |
Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é uma das principais causas de doença hepática crônica em todo o mundo, levando a complicações como cirrose e carcinoma hepatocelular. O estadiamento da fibrose hepática é tido como o preditor mais importante de evolução da doença. A biópsia hepática, mesmo sendo considerada o padrão-ouro para avaliação da fibrose, é um exame invasivo, com risco de complicações, de alto custo e que pode ter sua acurácia diminuída devido a amostras não representativas e a discrepâncias entre leituras pelos patologistas. Métodos não invasivos, como escores baseados em marcadores bioquímicos e exames de imagem, como a elastografia hepática, estão bem estabelecidos para o estadiamento da fibrose. Objetivo: Elaborar uma análise econômica comparativa entre métodos de avaliação de fibrose hepática clinicamente significante (> F2) em portadores de hepatite C crônica, no sistema público de saúde do Brasil (SUS – Sistema Único de Saúde). Foram avaliados a biópsia hepática e três métodos não invasivos: um de medida de rigidez hepática (elastografia por acoustic radiation force impulse - ARFI / point shear wave elastography - pSWE) e dois escores baseados em biomarcadores séricos, “AST to Platelet Ratio” (APRI) e Fibrosis-4 (FIB-4). Métodos: A fim de realizar as comparações de custo e de acurácia diagnóstica, foi calculado o gasto necessário para se alcançar 1 (um) diagnóstico correto de estadiamento de fibrose para cada um dos métodos descritos, através da elaboração de um modelo de Markov. Com base na proporção inicial de pacientes portadores de HCV em cada estágio de fibrose hepática e nas probabilidades de transição destes indivíduos entre os diferentes estágios, foi simulada a progressão desta fibrose de uma população numa projeção de 16 anos. Assumindo-se que esta coorte realizaria métodos não invasivos a cada 2 anos e biópsia hepática a cada 4 anos, o número de diagnósticos adequados para cada um dos métodos foi calculado utilizando-se dados de aplicabilidade e de acurácia destes. A análise foi realizada a partir dos custos diretos destes procedimentos no SUS. Resultados: As melhores razões de custo em relação aos seus desempenhos diagnósticos foram demonstradas para os escores baseados em biomarcadores séricos, sendo que o APRI (R$ 20,35) se apresentou pouco melhor que o FIB-4 (R$ 22,02). A elastografia hepática por ARFI / pSWE (R$ 165,05), mesmo considerando o custeio do equipamento para a implementação desta tecnologia no SUS, também se mostrou menos custosa do que a biópsia hepática (R$ 184,46). Conclusão: Métodos não invasivos de estadiamento da fibrose hepática apresentam os menores valores de custo em relação aos seus desempenhos de acurácia diagnóstica, principalmente os escores baseados em biomarcadores séricos (APRI e FIB-4). Os bons desempenhos diagnóstico e econômico dos métodos que podem ser realizados ambulatorialmente reforçam a estratégia de acompanhamento dos portadores de hepatite C crônica no âmbito da Atenção Primária à Saúde. |