Programas de exercícios estruturados para pacientes adultos obesos pós-cirurgia bariátrica : revisão sistemática
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5498686 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50049 |
Resumo: | Introdução: a obesidade é uma epidemia global crescente e uma forma de tratamento eficaz tem sido a cirurgia bariátrica para o tratamento da obesidade mórbida. Considerando que a obesidade é uma condição multifatorial, os cuidados com o paciente devem ser idealmente multidisciplinares, especialmente após a realização do procedimento cirúrgico. O exercício físico pode ser um aliado nessa terapia: no entanto, ainda faltam informações acerca da efetividade e segurança dessa intervenção. Objetivos: avaliar a efetividade e segurança do exercício físico para pacientes obesos após a cirurgia bariátrica. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática da literatura. As fontes consultadas foram: CENTRAL, MEDLINE, Embase, LILACS, CINAHL, ClinicalTrials.gov e ICTRP, sem restrição de idioma e data de publicação. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que avaliaram intervenções de exercício físico em adultos após o procedimento de cirurgia bariátrica. Os desfechos primários foram manutenção da redução do peso corporal, qualidade de vida relacionada à saúde e eventos adversos relacionados à intervenção. A seleção e extração dos dados, bem como a avaliação da qualidade da evidência, foram realizadas por dois revisores independentes, e as discordâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado por meio da Risk of Bias Tool e a avaliação da qualidade da evidência seguiu as recomendações do GRADE Working Group. As medidas de efeito utilizadas foram RR para desfechos dicotômicos e DM para desfechos contínuos, ambos com IC de 95%. A heterogeneidade clínica e metodológica foram avaliadas, e caso os dados dos estudos fossem passíveis de serem agrupados, este agrupamento foi feito por meio de metanálise. A heterogeneidade estatística foi avaliada utilizando o teste Chi2 e a estatística I2. Resultados: três ECRs foram incluídos, totalizando 193 participantes submetidos ao bypass gástrico ou a banda gástrica ajustável. Na comparação “exercício versus não exercício”, não houve diferença significativa entre os grupos para a redução do peso corporal (DM 0,59 kg; IC 95% -7,94 a 9,11; P = 0,002; qualidade da evidência muito baixa). Não houve diferença significativa para os eventos adversos (RR 4,58; IC 95% 0,25 a 85,33; qualidade da evidência muito baixa), enquanto a qualidade de vida relacionada à saúde não foi avaliada. Para a comparação “exercício associado à terapia comportamental versus terapia comportamental isolada”, não houve diferença significativa para a redução do peso corporal (DM -0,50 kg; IC 95% -11,71 a 10,71) e para qualidade de vida mensurada com as ferramentas SF-36: domínio físico (DM -1,00 ponto; IC 95% -6,74 a 4,74), domínio mental (DM 6,00 pontos; IC 95% -2,22 a 14,22); e ferramenta IWQOL-L (DM 8,00 pontos; IC 95% -6,92 a 22,92). Os eventos adversos não foram mensurados. Conclusão: Não se pode concluir que o exercício é eficaz ou seguro para os pacientes obesos após a cirurgia bariátrica, considerando a evidência de qualidade muito baixa e o pequeno tamanho amostral que, provavelmente, foi insuficiente para detectar efetividade da intervenção de exercício físico. |