Horta comunitária no bairro de Nova Heliópolis, região de alta vulnerabilidade social: estudo de caso engajado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amaral, Aline Oliveira Zoia do [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67390
Resumo: A pandemia do coronavírus, COVID-19, comprometeu o acesso aos alimentos da população, principalmente nos domicílios chefiados por mulheres, de cor de pele preta ou parda e menor nível de escolaridade. Diante disso, uma horta comunitária em região de vulnerabilidade social é proposta como uma estratégia para garantir uma alimentação saudável. Objetivo: Analisar a implantação da horta comunitária e o seu significado para os moradores de um condomínio de Heliópolis, um bairro de alta vulnerabilidade social localizado na região sudeste da cidade de São Paulo. Método: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, um estudo de caso engajado e reflexivo, que por meio da observação participante, diário de campo e entrevistas semi-estruturadas reuniu material para análise buscando a vigilância epistemológica. Resultados: Por meio de uma vaquinha virtual,uma horta de 100m² foi implantada, possibilitando que tanto os participantes quanto outros moradores do condomínio se beneficiassem das colheitas. Foram ouvidos cinco moradores, a maioria idosa e mulher. Da análise, surgiram como categorias temáticas principais: história de vida, a relação com a terra, a relação com o alimento e a socialização. A horta contribuiu com o orçamento doméstico, ampliou a variedade das hortaliças consumidas como as plantas alimentícias não convencionais, melhorou a alimentação e tornou-se um espaço de resgate das memórias afetivas vivenciadas durante a infância. Além disso, a horta era um momento de socialização e ocupação para as idosas, conferindo um senso de utilidade para elas. Observou-se também a aproximação das crianças do condomínio com a prática de cultivo de alimentos. Conclusão: A horta comunitária contribuiu para o acesso aos alimentos saudáveis, resgate das memórias afetivas da infância e socialização, contribuindo para a melhoria na qualidade de vida dos moradores. Diante disso, a horta comunitária pode ser uma estratégia importante para promoção da saúde.