A horta comunitária na cidade, um olhar para além dos cultivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Flórez Medina, Katerine Vanessa
Orientador(a): Kubo, Rumi Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224806
Resumo: Cultivar uma horta na cidade é uma prática que acontece desde a existência das cidades, e desde então, tem tido diversas funções e significados, sendo às vezes feita para dar suporte em tempos de crises e transformações sociais, em outras ocasiões, para oferecer um espaço para o lazer e a saúde, e também, como uma expressão dos ativismos urbanos. Hoje, depois do percorrido dessas múltiplas trajetórias, se constitui como um fenômeno social diverso e dinâmico, que atende às mais diversas causas e se configura de forma particular em cada contexto que ela emerge. Estamos situados num momento da história em que cada vez mais surgem mais questionamentos sobre os valores e modos que sustentam nossa vida como sociedade. O vertiginoso fluxo de informações sobre as crises ambientais e políticas têm influenciado na criação de um senso comum sobre a necessidade de construir alternativas. Nesse contexto, a agricultura urbana tem sido concebida como uma de estas formas de fazer alternativo que poderiam contribuir na melhoria de nosso bem-estar como sociedades e naturezas entrelaçadas. Nesta dissertação desenvolvo um estudo qualitativo da agricultura urbana entendido como fenômeno socioambiental contemporâneo, a partir do estudo de caso da Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, Brasil. Com este estudo pretendo criar algum efeito na compreensão deste como um processo composto por heterogeneidade e redes, nas que se criam possibilidades para fazer outros modos de viver. Este processo de construção evidencia algumas questões relacionadas às confrontações e possibilidades que derivam do fazer uso comunitário e coletivo dos espaços públicos urbanos, num contexto que tem priorizado a função econômica do espaço sobre a social. Porém, mesmo que esta visão reducionista sobre o urbano possa representar entraves para o desenvolvimento das atividades de agricultura urbana comunitária e coletiva, apresenta se aqui a existência de modos de fazer numa escala micro, que mobilizam os recursos e redes que possibilitam a permanência dessa expressão da agricultura nas cidades