Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Biazoti, André Ruoppolo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-09032020-170856/
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Resumo: |
Nos últimos anos, a agricultura urbana tem se mostrado uma importante solução para inúmeras questões relativas à promoção da segurança alimentar e nutricional, à erradicação da pobreza e à sustentabilidade de uma forma geral. Recentemente, a cidade de São Paulo tem se destacado por apresentar um processo social inovador de criação e consolidação de hortas comunitárias de forma autônoma e autogestionada pelos cidadãos, utilizando redes sociais para se organizarem e articularem práticas e intervenções de forma ativista. Esses grupos apresentam formas horizontais de organização que se confrontam com as práticas burocratizadas de organização do Estado, gerando conflitos na gestão de espaços públicos e no reconhecimento dessas iniciativas pelo Poder Público. A metodologia de pesquisa é composta por uma etnografia fenomenológica baseada em análise documental de dados primários e secundários, entrevistas semiestruturadas com perguntas abertas e observação participante em mutirões de hortas comunitárias, reuniões, encontros e eventos. A pesquisa investiga o engajamento político nas hortas comunitárias existentes em São Paulo, trazendo uma perspectiva a partir da ampliação da potência de agir dos sujeitos até sua contribuição prática para a construção do comum e para a democratização da gestão dos espaços públicos da cidade, ampliando as funções das hortas urbanas além da produção de alimentos. Nos diversos encontros promovidos por esses grupos, é possível considerar que há afetos que potencializam os sujeitos a se engajarem em mudanças significativas para a gestão territorial local, ampliando sua capacidade de afetar e ser afetado e possibilitando a formação de um coletivo ampliado de atuação, uma multidão, que institui formas únicas de gestão que se confronta com os poderes instituídos. Os cidadãos, na medida que participam ativamente da produção de seu próprio alimento, mesmo que de forma simbólica, se engajam de forma a construir o comum como lógica alternativa à propriedade pública e privada, valorizando o uso do espaços em sua função social e construindo regras próprias para a gestão dos recursos territoriais por meio da prática instituinte. |