A implementação da educação permanente em saúde na atenção básica do SUS do município de Fernandópolis-SP na perspectiva de trabalhadores da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Azevedo, Danielly Marcatto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67464
Resumo: Introdução. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) foi instituída no ano de 2004 como uma proposta de formação e desenvolvimento de trabalhadores da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como pressuposto a aprendizagem no trabalho. Desde o início de sua implementação, estudos foram realizados analisando as experiências de distintos Estados e municípios do país. Porém, poucos estudos abordaram as perspectivas dos trabalhadores sobre os processos de Educação Permanente em Saúde (EPS). Objetivo. analisar a implementação da EPS na Atenção Básica no município de Fernandópolis na perspectiva de seus trabalhadores. Percurso Metodológico. pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso. Foram utilizadas as seguintes técnicas: entrevista não estruturada, com representante da gestão; rodas de conversa com 26 trabalhadores das equipes de três UBS do município; análise de documentos da gestão municipal; diário e observação direta. A entrevista e as rodas de conversa foram gravadas em áudio e transcritas. A análise foi baseada na técnica da análise de conteúdo, na modalidade temática. Resultados e Discussão. a) A EPS na Atenção Básica do SUS Fernandópolis descrita pelos trabalhadores: ações de EPS foram realizadas em encontros mensais em cada UBS, com agenda protegida. Os trabalhadores desconheciam a proposta da EPS; os temas eram definidos previamente pela coordenação; havia pouco diálogo com a realidade e necessidades locais. A aprendizagem foi pouco significativa. b) Concepções e expectativas dos trabalhadores sobre EPS: maior parte dos trabalhadores tinha experiências prévias com processos formativos. Reuniões de equipe e aulas de atualização foram estratégias de aprendizagem valorizadas e caracterizadas como EP. Expectativa de que, com a EPS, houvesse escuta de suas necessidades. c) Repercussões da EPS nos processos de trabalho e no cotidiano: o fortalecimento e “integração da equipe” foi destacado como a principal potência. O processo contribuiu para ampliar o conhecimento dos participantes para além de seu núcleo profissional. A ausência de discussão e encaminhamentos para problemas levantados foi uma das principais críticas ao processo; não havia interlocução e respaldo da gestão municipal. Considerações Finais. a principal repercussão foi a integração entre os profissionais e o fortalecimento das equipes; apesar de condição necessária, por si só não garante um trabalho colaborativo e interprofissional. O estudo revelou um envolvimento frágil da gestão municipal no processo de implementação da EPS, o que repercutiu tanto na avaliação dos trabalhadores sobre o processo quanto nas possibilidades de promover mudanças nos processos de trabalho.