Análise dos fatores de risco associados à cefaleia da angiografia cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Madeira, Tiago Hilton Vieira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67039
Resumo: Introdução: Este estudo teve como objetivo avaliar asassociações entre características demográficas, clínicas etécnicas da angiografia cerebral por subtração digital (ACSD) ea ocorrência de cefaleia da angiografia cerebral (CeAC).Métodos: Estudo observacional analítico transversal, comindivíduos que apresentavam indicação de realização de ACSDem caráter eletivo. Após o procedimento, os indivíduos partici-param de uma entrevista clínica, para avaliar a ocorrência deCeAC. Entre o terceiro e o sétimo dia, uma nova entrevista foirealizada por telefone, para confirmar ou excluir definitivamentea CeAC. Resultados: Um total de 114 indivíduos submetidos àangiografia cerebral atenderam aos critérios de inclusão do es-tudo. Entre eles, a idade média foi de 52,8 (±13,8) anos, 75,4%(86/114) eram mulheres, 29,8% (34/114) apresentavam an-tecedente de enxaqueca e 10,5% (12/114) de cefaleia crônica. Afrequência de CeAC foi de 45,6% (52/114). Desses, 88,4%(46/52) haviam sido submetidos à angiografia 3D, 7,7% (4/52) àaortografia e 1,9% (1/52) a ambas. No modelo multivariado deregressão logística binária, houve associação estatisticamentesignificante entre a CeAC e os seguintes fatores: antecedentede enxaqueca (OR 4,9; IC 95% 1,62-14,7; p = 0,005) e an-giografia 3D (OR 6,62; IC 95% 2,04-21,5; p = 0,002).Conclusões: O estudo constatou que a angiografia 3D estáfortemente associada à ocorrência de CeAC, dado inédito na lit-eratura. A associação entre um antecedente de enxaqueca e aocorrência de CeAC confirma os resultados de estudos anterior-mente publicados. Ressalta-se que, por se tratar de um estudotransversal, a verdadeira causalidade ainda não pode serdefinida.