Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ROCHA, Sérgio Henrique de Souza |
Orientador(a): |
SILVA, Kátia Karina do Monte |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31071
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Resumo: |
A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS; do inglês: transcranial direct current stimulation) é uma ferramenta de interesse significativo no tratamento da migrânea, no entanto não há consenso sobre o protocolo ideal de tDCS para a prevenção das crises e redução da dor. O presente estudo foi dividido em duas etapas. Inicialmente, um estudo transversal foi conduzido para comparar a densidade espectral de potência (PSD) da banda alfa medida através da eletroencafalografia do lobo occipital de 25 migranosos (com e sem aura; no período entre as crises) com a de 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, um ensaio clínico piloto, randomizado, controlado e duplo cego foi conduzido com 21 migranosos para observar o comportamento da PSD após aplicação da tDCS. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: experimental (n=11), submetido a 12 sessões de tDCS catódica sobre córtex visual primário (V1); e controle (n=10), submetido a 12 sessões de tDCS sham. A PSD foi registrada durante um protocolo de estimulação fótica intermitente. A segunda etapa do estudo foi um estudo crossover, sham-controlado, contrabalanceado e duplo-cego no qual 14 pacientes migranosos foram estimulados com sete montagens: (i) tDCS anódica no córtex motor primário esquerdo (M1); (ii) tDCS catódica em M1; (iii) tDCS anódica em V1; (iv) tDCS catódica em V1; (v) tDCS dupla – ânodo em M1 e cátodo em V1; (vi) tDCS dupla – cátodo em M1 e ânodo em V1; (vii) tDCS sham. As seguintes medidas foram realizadas antes e imediatamente após o fim das sessões: potencial evocado visual; potencial evocado motor (PEM) e limiar de fosfeno (LF). O estudo transversal mostrou um aumento da PSD da banda alfa no estado basal e uma redução durante a estimulação fótica nos pacientes migranosos, em comparação aos saudáveis. O ensaio clínico da primeira etapa do estudo revelou que tDCS catódica é capaz de reduzir a PSD da banda alfa basal em comparação ao baseline. Os resultados da segunda etapa do estudo confirmam a falta de habituação a estímulos repetitivos em pacientes migranosos e sugerem que a aplicação de tDCS anódica sobre V1 é eficiente em induzir o fenômeno de habituação nestes pacientes e a reduzir hiperexcitabilidade cortical medida pelo LF. Nenhuma montagem foi capaz de alterar o PEM. Em conclusão, os resultados apontam para diferenças na oscilação do ritmo da banda alfa entre indivíduos saudáveis e migranosos em estado basal e que a tDCS pode interferir na atividade elétrica cortical em migranosos. Em adição, a tDCS anódica em V1 é a montagem mais eficiente para induzir o fenômeno da habituação em migranosos. |