Um estudo sobre as relações de gênero na Educação Infantil: o que as famílias têm a ver com isso?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Noeli Aparecida [Unifesp]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62566
Resumo: Esta pesquisa de mestrado tem como objetivo investigar como as questões de gênero estão presentes na relação entre a instituição de Educação Infantil e as famílias. A pesquisa foi desenvolvida em uma EMEI da rede municipal de São Paulo, a partir da análise de documentos, entrevistas semiestruturadas com docentes e famílias e dinâmicas lúdicas com crianças. Tem como referencial teórico Estudos da Pedagogia e da Sociologia da Infância e Estudos de Gênero e Feministas, que problematizam como as desigualdades sociais em relação às questões de gênero começam desde idades precoces, no ambiente familiar, refletindo-se em seus percursos de vida e nas instituições educacionais. A pesquisa teve como balizador, para a introdução das questões de gênero junto às crianças, profissionais docentes e famílias, o documento Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (SÃO PAULO, 2016) que aborda as questões de gênero na Educação Infantil, buscando fortalecer a relação e o diálogo da família com a unidade educacional. Assim como na brincadeira "cama de gato", que fios ora se embaraçam e ora se desembaraçam, os dados da pesquisa, com suas análises, revelam um emaranhado de posições, relações e estratégias, envolvendo diferentes concepções que permeiam as práticas educativas cotidianas, diante da diversidade das culturas e dos olhares das crianças, das profissionais docentes e das famílias que se entrecruzam na construção das diferenças. As manifestações e expressões das crianças podem ser a chave para o fortalecimento do diálogo entre a instituição de Educação Infantil e as famílias, para que juntas possam discutir sobre as questões de gênero e sobre a qualidade da Educação Infantil. Os resultados indicam que os conflitos de gênero surgidos podem ser vistos como potencializadores de reflexões e diálogos coletivos, essenciais para a construção de novas formas de pensamento, que ultrapassem os discursos de culpabilização, rompendo com silêncios existentes, problematizando as desigualdades de gênero presentes no processo educacional, dando ênfase ao respeito às diferenças das crianças.