Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bôas, Israel Meneses Santos Vilas [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66033
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo compreender e apresentar o sentido das críticas filosóficas que Thompson Morgan Clarke faz à epistemologia tradicional e à filosofia tradicional. Essa compreensão e essa apresentação se fazem necessárias devido à obscuridade dos textos de Clarke, obscuridade que leva a uma lacuna historiográfica: Clarke é conhecido sobretudo pelos textos filosóficos de outras pessoas que, influenciadas profundamente por ele, lhe agradecem em seus livros e artigos e atribuem a ele as suas ideias filosóficas, ou os seus modos de ver os conceitos, a filosofia, o conhecimento, a verdade etc. No entanto, pouco trabalho de exegese foi dedicado à obra de Clarke em si mesma. Esta dissertação tem, ainda, o objetivo de comparar a filosofia de Clarke com a filosofia de Barry Stroud, um filósofo muito parecido com Clarke e profundamente influenciado por ele, mas que segue seu próprio caminho analítico e teórico, a fim de mostrar como a filosofia de Clarke se diferencia muito mesmo da filosofia de seu pupilo mais próximo geográfica e conceitualmente. Para concretizar esses objetivos, articular-se-ão três capítulos: o primeiro se dedica a expor a filosofia de Clarke com o máximo de exatidão possível; o segundo se dedica a expor a filosofia de Barry Stroud com o máximo de exatidão possível; o terceiro visa a compará-las a fim de mostrar em que grau se assemelham, bem como que características têm essas semelhanças. O ideal regulador dessa comparação consiste em que, mesmo que Clarke e Stroud concordassem por completo quanto aos fatos das questões que examinam, ainda poderiam tirar conclusões diferentes desses fatos, e em que a diferença entre as suas conclusões nem sempre é facilmente identificável. Apesar da fidelidade da exposição que se visa a fazer da filosofia dos dois autores, não se analisa toda a filosofia de ambos, mas se focaliza a sua teoria do conhecimento com exposições de suas filosofias de outras áreas quando necessário. A teoria do conhecimento clarkeana, em suas duas versões, por exemplo, contém em seu núcleo reflexões profundas quanto à natureza da lógica e da linguagem, bem como usa já uma versão dessas reflexões como refutação de pretensamente todas as versões da tese dos dados dos sentidos, já a outra versão como refutação de todas quase todas as filosofias. É necessário, por conseguinte, descrever essas reflexões não epistemológicas para que a sua epistemologia seja efetivamente explicada. |