Caracterização do perfil funcional e fenotípico de monócitos em pacientes sépticos
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2939346 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48906 |
Resumo: | Introdução: O sistema imune inato é a primeira linha de defesa contra infecções. A erradicação de microorganismos por monócitos, depende em grande parte da capacidade fagocítica e posterior geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), assim como produção de óxido nítrico (NO) e citocinas. Sepse é definida como uma resposta inflamatória sistêmica (SIRS) provocada por uma infecção e a natureza da resposta inflamatória ressaltando a fisiopatologia da sepse tem sido extensivamente estudada. Compreender a natureza de como a resposta inflamatória ressalta a fisiopatologia da sepse não só ajuda a esclarecer os mecanismos da síndrome, mas também leva à identificação de novos alvos terapêuticos. Objetivo: Avaliar se funções de monócitos seriam reguladas diferencialmente em um paciente com septicemia através da avaliação simultânea da atividade fagocitária, geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), óxido nítrico e a produção de citocinas inflamatórias (IL-6 e TNF-α). Materiais e métodos: Foi coletado sangue em heparina de 34 pacientes sépticos nos dias zero (D0), até 48h após o evento sepse. Foi realizada uma segunda coleta em 15 destes pacientes sete dias (D7) depois da primeira. A produção de EROs, NO e Citocinas foi mensurada por citometria de fluxo. Para EROs e NO utilizou-se os regentes DCFH-DA, DAF-FMDA, respectivamente, incubados por 30 minutos em banho maria 37°C. Para citocinas utilizamos o reagente Brefeldina A incubado na estufa de CO2 a 37°C por 4 h. IL-6 e TNF-α intracelular foram detectados utilizando anticorpos específicos conjugados com fluorocromos. Nos ensaios foi observada a produção espontânea e após os estímulos com LPS, P. aeruginosa e S. aureus. Funções de monócitos também foram avaliadas em subgrupos de monócitos CD163+ e CD163-. Para o ensaio de fagocitose foi utilizado bactérias E. coli conjugadas com fluorescência. Os dados foram adquiridos no programa FACSDiva e analisados no programa FlowJo. Resultados: Monócitos de pacientes sépticos apresentaram preservada fagocitose, aumento da produção de EROs e NO e diminuição da produção de citocinas inflamatórias, em comparação com os monócitos dos voluntários sadios. Aumento TNF-α e IL-6 e diminuição da geração de EROs e NO foi observada nas amostras do D7 em comparação com amostras D0. Em geral, monócitos CD163+ produziram quantidades elevadas de IL-6 e TNF-α e menores quantidades de EROs e NO do que os monócitos CD163-. Conclusão: Em conclusão, demonstramos que monócitos de pacientes sépticos, que são incapazes de produzir citocinas inflamatórias, exibem potente atividade fagocítica e aumento da geração de ROS e NO. O aumento da produção de EROs e NO e diminuição de citocinas (IL-6 e TNF-α) no início da sepse reforçam a existência de uma reprogramação celular com consequente diminuição da inflamação ao mesmo tempo em que aumenta a produção de moléculas microbicidas, como NO e EROs para manter a capacidade das células de eliminação de patógenos promovendo assim uma homeostase do organismo. |