Hiperglicemia secundária ao tratamento da Leucemia Linfocítica Aguda em Pediatria, suas consequências e comparação de sua incidência entre os protocolos GBTLI 2009 e BFM 95 e 2002

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Lívia Cristina Oliveira e [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65547
Resumo: Objetivos: Identificar fatores de risco para hiperglicemia durante o tratamento da Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) em pediatria e avaliar sua associação com eventos de gravidade. Comparar a incidência de hiperglicemia entre os pacientes submetidos aos protocolos de tratamento GBTLI-2009 e BFM 95 e 2002. Métodos: Foi realizada coleta de dados de um banco anonimizado incluindo os 188 pacientes pediátricos tratados por LLA no Instituto de Oncologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (IOP/UNIFESP) no período de 2004 a 2017. Analisou-se o efeito do sexo, idade, etnia, história familiar de diabetes, puberdade, estado nutricional, linhagem celular da LLA, cromossomo Philadelphia e síndrome de Down na ocorrência de hiperglicemia através de modelos de regressão logística uni e multivariada. O efeito da hiperglicemia como fator preditor de infecção foi avaliado através de regressão logito ordenado. Foram ajustados modelos de riscos competitivos de Fine e Gray para avaliação da hiperglicemia como fator de risco de recidiva tumoral e modelos de regressão de Cox uni e multivariado para análise da sobrevida. Resultados: A incidência de hiperglicemia foi 43,6%. Os pacientes em puberdade apresentam chance 7,9 vezes maior de desenvolver hiperglicemia do que os pacientes impúberes (p=0,017). Para os indivíduos impúberes, o aumento de um ano na idade acarretou a redução de 14% na chance de ocorrência de hiperglicemia (p=0,039). A chance de hiperglicemia em pacientes com risco intermediário de recidiva foi 67% menor do que em pacientes com alto risco (p=0,020). No entanto, não se verificou diferença entre pacientes com risco baixo e alto de recidiva. No modelo de regressão logito ordenado, a hiperglicemia não representou fator de risco para a ocorrência de infecções durante o tratamento da LLA (p=0,840). Nos modelos de riscos competitivos de Fine e Gray, a hiperglicemia não se comportou como fator de risco para recidiva da LLA. Da mesma forma, nos modelos de regressão de Cox univariado e multivariado a hiperglicemia não se associou à ocorrência ou risco aumentado de óbito. Conclusões: Foram identificados como fator de risco para hiperglicemia durante o tratamento da LLA: idade (indivíduos impúberes mais jovens), puberdade em evolução ou completa e alto risco para recidiva da doença. A hiperglicemia não representou fator de risco para a ocorrência de infecções, recidiva da LLA ou óbito. Não foi observada diferença na incidência de hiperglicemia entre os indivíduos submetidos aos protocolos GBTLI-2009 e BFM 95 e 2002.