Leucemia linfoblástica de células B (LLL-B): incidência de agravos bucais e índices hematológicos em pacientes pediátricos em tratamento pelo protocolo GBTLI LLA-2009
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7505 |
Resumo: | Dentre as neoplasias malignas prevalentes na infância, a leucemia linfóide aguda (LLA) também chamada de leucemia linfoblástica é a mais comum, sendo a LLA de células B (LLA-B) seu subtipo mais frequente. Seu diagnóstico envolve, além de outros aspectos, a observação dos índices hematológicos provenientes do hemograma. Estes índices, além de sinalizarem a possibilidade da presença da doença, ajudam a nortear seu tratamento, o qual envolve a adoção de um protocolo quimioterápico. No Brasil, o mais adotado é o proposto pelo Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI-2009), porém tal tratamento pode gerar complicações secundárias, dentre as quais podemos citar náuseas, êmese, alopécia, fadiga, anemia, diarréia, além de agravos bucais, principalmente a mucosite. A toxicidade sistêmica, pode gerar distúrbios na hematopoiese, e por conseguinte, alterações nos índices hematológicos do paciente, culminando com imunossupressão com ou sem mielosupressão. Este estudo avaliou a incidência dos agravos bucais prevalentes e índices hematológicos em pacientes pediátricos com LLA-B que se encontravam em tratamento na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), de acordo com o protocolo GBTLI LLA-2009. Os pacientes foram submetidos a exames intra-orais para a verificação da presença de agravos bucais, além da avalação de seus índices hematológicos ao longo da prefase e indução do tratamento quimioterápico (QT). Os dados foram analisados pelos testes de Mann Whitney e teste exato de Fisher, com nível de significância de p ≤ 0,05. Do total de 21 pacientes avaliados, 57,14% (n=12) foram do sexo masculino, com a média de idade dos participantes sendo de 5 anos, e a maior parte pertencente ao grupo de baixo risco de recidiva (80,96%; n= 17). Em relação aos agravos bucais classicamente relacionados e/ou vistos durante o tratamento QT para LLA, foram encontrados 28,57% (n=6) dos pacientes apresentando alterações bucais dessa natureza, sendo representadas sobretudo por mucosite. Por outro lado, 61,90% (n=13) dos pacientes apresentaram agravos bucais inespecíficos, sendo a cárie o mais prevalente, correspondendo a 71,42% (n=15). A maiorida dos pacientes apresentou leucocitose ao diagnóstico que foi substituida por leucopenia ao longo da prefase/indução, com queda semelhante nos índices de linfócitos, neutrófilose e blastos, não havendo diferenças significativas dos outros índices. Não foi encontrada correlação entre agravos bucais e índices hematológicos em nenhum dos momentos da prefase/indução do tratamento QT pelo protocolo GBTLI LLA 2009. Dessa maneira, concluiu-se que a incidência de agravos bucais em pacientes com LLA-B tratados na Fundação HEMOAM é relativamente baixa, aparentemente sem correlação com os índices hematológicos neste grupo de pacientes. Por outro lado, a baixa casuística de agravos bucais possivelmente está relacionada com presença do cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar que presta atendimento ao paciente oncológico, prevenindo e tratando as manifestações orais que possam ocorrer durante a execução do tratamento. |