Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
TEIXEIRA, Carolina do Nascimento Matias |
Orientador(a): |
SILVEIRA, Vera Magalhães da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6961
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Resumo: |
Objetivo: Determinar a frequência de hiperglicemia durante a terapia de indução de leucemias agudas em adultos e avaliar a associação entre a presença de hiperglicemia e o desenvolvimento de infecções graves e a mortalidade durante os primeiros 30 dias do tratamento, bem como descrever a incidência e etiologia das infecções identificadas por hemoculturas neste período. Método: Estudo retrospectivo tipo coorte com análise de prontuários de 280 pacientes adultos entre 18 e 60 anos com diagnóstico de leucemia aguda tratados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE) entre janeiro de 2000 e dezembro de 2009. Hiperglicemia foi definida como a presença de pelo menos uma glicemia de jejum >100 mg/dL no período compreendido entre uma semana antes do início da quimioterapia de indução ao 30º dia pós-início do tratamento. A associação entre hiperglicemia e presença de infecção grave (sepse documentada microbiologicamente ou não, com instabilidade hemodinâmica necessitando drogas vasoativas, insuficiência respiratória necessitando ventilação mecânica ou insuficiência renal necessitando hemodiálise), mortalidade e remissão completa foi analisada através de testes estatísticos adequados. Resultados: Cento e oitenta e oito pacientes (67,1%) apresentaram hiperglicemia em algum momento, sendo que 134 (47,8%) apresentaram hiperglicemia de jejum precoce (basal ou pré-neutropenia febril) e 148 (52,8%) apresentaram hiperglicemia tardia (durante neutropenia febril). Oitenta e dois pacientes (29,3%) apresentaram infecções graves. A mortalidade por infecção durante neutropenia pós-quimioterapia de indução foi de 20,7% (58 pacientes). A mortalidade por outras causas nos primeiros 30 dias da terapia de indução foi de 2,8% (8 pacientes, sendo 3 por hemorragia pulmonar, 4 por AVC hemorrágico e 1 por choque cardiogênico). Os pacientes que desenvolveram hiperglicemia tiveram maior risco de infecções graves (OR 3,97 IC95% 2,08 7,57, p<0,001) e morte (OR 3,55 IC95% 1,77-7,12, p<0,001) nos primeiros 30 dias da terapia de indução. Não foi observado maior risco de infecções fúngicas ou menor chance de obtenção de remissão completa nos pacientes com hiperglicemia. 247 pacientes (88,2%) apresentaram neutropenia febril. Destes, 95 (38,4%) apresentaram hemocultura positiva. Os micro-organismos mais frequentemente isolados foram as bactérias gram-negativas (59,0%), seguidas de infecções polimicrobianas (21,0%), bactérias gram-positivas (14,7%) e fungos (5,3%). O diagnóstico topográfico de infecção mais comum foi a corrente sanguínea, seguida de pulmão e pele. Conclusão: Este estudo demonstrou associação entre a ocorrência de hiperglicemia e o desenvolvimento de infecções graves e morte durante a terapia de indução de pacientes adultos com leucemia aguda. Quanto à etiologia das infecções, os resultados mostram que bactérias gram-negativas continuam predominando como agentes causadores de infecções em neutropênicos febris neste centro |