Infecções da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus resistente a oxacilina no hospital São Paulo (2002-2005)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Inoue, Fernanda Matsiko [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24229
Resumo: Objetivos: (i) avaliar a diversidade genética de amostras de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) no complexo UNIFESP/HSP isolados de hemocultura; (ii) avaliar possíveis fatores de risco associados à bacteremia e mortalidade causada pelo Clone Epidêmico Brasileiro (CEB) e por outros clones de MRSA. Material e Métodos: Estudo retrospectivo de isolados de MRSA do período de 2002 a 2005. Coletou-se dados epidemiológicos nos prontuários dos pacientes e os tipos de SCCmec foram caracterizados pela reação em cadeia da polimerase (PCR) multiplex. Caso fosse pertinente, foi realizada a detecção de produção de leucocidina PantonValentine (PVL). A presença de possíveis clones foi investigada por PFGE (pulsed field gel eletrophoresis). Resultados: Foram avaliados 148 episódios de bacteremia por MRSA. A maioria das infecções foi considerada relacionada à assistência à saúde (92,6%); 77% dos pacientes receberam antibioticoterapia prévia e 74,3% fizeram uso de catater venoso central. O SCCmec tipo III foi encontrado em 87% das amostras e 19 amostras carreavam SCCmec I, II ou IV. Dentre as 10 amostras portadoras de SCCmec IV apenas uma foi produtora de PVL, e quatro foram detectadas em pacientes pediátricos. O dendograma obtido pelo perfil de bandas de PFGE identificou quatro principais clusters dentre as amostras. CEB (SCCmec III) foi relacionado a 128 amostras, e o clone pediátrico (SCCmec IV). Além disso, duas amostras foram relacionadas ao USA300 e USA400. Antibioticoterapia prévia foi considerado fator de risco para aquisição de bacteremia por MRSA SCCmec III. Não houve diferença entre as taxas de sobrevida de acordo com o tipo de SCCmec. Conclusões: O SCCmec tipo III foi o tipo predominante de MRSA causador de bacteremias no HSP. CEB continua a ser o clone predominante apesar da emergência de novas linhagens. Antibioticoterapia prévia foi o único fator de risco relacionado à aquisição de MRSA portador de SCCmec tipo III em nosso meio.