Avaliação da composição corporal, função cognitiva e resposta à cirurgia bariátrica em pacientes com histórico de esteatose hepática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Vitória Fernandes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70741
Resumo: Introdução: O fígado é um órgão fundamental no desempenho de diversas funções vitais, incluindo o metabolismo de macronutrientes. A disfunção desse órgão pode gerar uma das hepatopatias mais alarmantes nos últimos anos, a Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (DHGNA). Amplo espectro histológico de lesão hepática, iniciando com esteatose hepática (EH) que está cada vez mais associada à síndrome metabólica (SM) na obesidade, para a qual, a cirurgia bariátrica é considerada um dos principais tratamentos. Objetivo: Investigar como a esteatose hepática afeta a composição corporal, o desempenho cognitivo e a resposta à cirurgia bariátrica. Métodos: Voluntárias realizaram coleta de sangue, exame de bioimpedância e uma bateria de testes cognitivos. Os parâmetros bioquímicos foram obtidos dos prontuários eletrônicos. Os metabólitos circulantes foram analisados por CG/EM usando amostras de plasma. Estratificação pelo grau de esteatose hepática (grupo 1: ausente e leve; grupo 2: moderado e grave) Resultados: Maior grau de EH apresentou maiores níveis de glicemia (p=0,012), insulina (p=0,001) e Homa-IR (p=0,001) antes da cirurgia. Foi observado um menor efeito da cirurgia sobre o ganho de massa muscular (p=0,009) e perda de gordura corporal (p=0,0013) no grupo com maior grau de EH. No teste cognitivo, observou-se melhora nos testes de atenção em ambos os grupos após a cirurgia. O perfil metabólico mostrou que os macronutrientes são as principais classes de moléculas que se alteraram entre os grupos. Discussão: De acordo com a literatura, a EH pode ser causa ou consequência da resistência insulínica. A homeostase muscular depende do equilíbrio de várias vias metabólicas, que é regulada pela insulina. Portanto, nossa observação pode ser explicada pela resistência insulínica presente antes da cirurgia, que também pode alterar o perfil dos metabólitos circulantes. Conclusão: Um maior grau de esteatose hepática parece estar associado à resistência insulínica, o que pode atenuar o efeito da cirurgia bariátrica. A investigação dessa relação é importante, pois tal relação pode colaborar para uma diminuição da qualidade de vida dos indivíduos portadores de EH.