Arritmia ventricular assintomática em pacientes com doença renal crônica não dialítica desfechos clínicos após 2 anos de acompanhamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bonato, Fabiana Oliveira Bastos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5747533
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50611
Resumo: Introdução e objetivo: A presença de arritmia ventricular está associada com aumento do risco cardiovascular e de morte na população geral. A morte súbita é a principal causa de morte nos pacientes com doença renal crônica (DRC) dialítica. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da presença de arritmias ventriculares sobre os desfechos clínicos de pacientes em estágios mais precoces da DRC. Métodos: Este estudo prospectivo avaliou 109 pacientes com DRC (TFGe 34,8±16,1 mL/min/1.73m², 57±11,4 anos, 61% homens, 24% diabéticos). A hipótese testada foi se a presença de arritmias ventriculares assintomáticas no Holter de 24hs estaria associada ao aumento do risco de eventos cardiovasculares, hospitalização, morte e seu desfecho combinado em 24 meses de acompanhamento. Os pacientes que tinham extrassístoles ventriculares em qualquer número foram considerados como portadores de arritmia ventricular. Arritmia ventricular complexa foi definida como: extrassístoles ventriculares multifocais ou pareadas, taquicardia ventricular não sustentada ou fenômeno da onda R sobre a onda T. Resultados: No início do estudo, foi observada qualquer arritmia ventricular em 34 % e arritmia ventricular complexa em 14% dos pacientes. Durante o seguimento, foram registrados: 11 eventos cardiovasculares, 15 hospitalizações e 4 mortes. Todos os óbitos ocorreram nos pacientes com qualquer arritmia ventricular. A presença de arritmia ventricular complexa no início do estudo foi associada com eventos cardiovasculares (P<0,001), hospitalizações (P=0,018), morte por todas as causas (P<0,001) e desfecho combinado (P<0,001). Na análise multivariada, ajustando para fatores demográficos, a presença de arritmia ventricular complexa foi associada com aumento do risco do desfecho combinado (HR: 4,40; IC 95%: 1,60-12,13, P = 0,004). Conclusão: Neste estudo piloto, a presença de arritmia ventricular complexa assintomática em pacientes com DRC não dialítica foi frequente e se associou com piores desfechos clínicos.