Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves-Silva, Ana Ruth Paolinetti [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68002
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Resumo: |
A cisplatina é um quimioterápico que atua se ligando no DNA genômico e mitocondrial das células, desta forma provocando lesões no DNA e impedindo sua regeneração. O seu uso no tratamento de tumores sólidos ainda é amplamente empregado, porém seus efeitos adversos, como a nefrotoxicidade, ainda são um fator limitante para os pacientes. A nefrotoxicidade por cisplatina é caracterizada pelo desenvolvimento de uma lesão renal aguda (LRA) que leva a uma diminuição na taxa de filtração glomerular e no fluxo sanguíneo renal, além de promover isquemia e necrose das células tubulares renais proximais. Para minimizar seus efeitos colaterais, tem sido estudado o emprego de drogas que possam atuar de maneira direta ou indireta nos mecanismos celulares que envolvem a metabolização da cisplatina. Uma alternativa é o emprego dos glicocorticóides que modulam a resposta inflamatória através de mecanismos genômicos e não genômicos dentro das células. Neste estudo averiguamos a presença de uma proteção renal oriunda de uma melhora metabólica e mitocondrial através do tratamento de animais por glicocorticoides. Utilizamos camundongos C57bl/6 pré-tratados com dexametasona, os submetemos ao protocolo de LRA por cisplatina e analisamos a função renal, mitocondrial e o metabolismo por viabilidade celular, análise histológica, testes bioquímicos, expressão gênica por qPCR e proteica por Western blotting. Os resultados in vitro mostraram que a dexametasona não atuou diretamente nas células tubulares primárias e também não modulou a resposta destas células diante da ação da cisplatina. Nos experimentos in vivo, o grupo pré-tratado com dexametasona apresentou uma melhora na função renal e uma diminuição de lesão na histopatologia, porém não apresentou diminuição na expressão dos genes de lesão renal KIM1 e NGAL. O grupo tratado não demonstrou diferença significativa na expressão dos genes inflamatórios IL6 e TNF alfa. Em relação ao metabolismo celular, não houve diferença significativa entre o grupo tratado e o grupo cisplatina na expressão gênica e proteica de CPT1a e PKM2. Por fim, o grupo tratado não mostrou diferença significativa na expressão dos genes mitocondriais OPA1 e Fis1, porém houve diferença apenas na expressão gênica de MFN2, mas em sua expressão proteica não houve diferença. Portanto, concluímos que a dexametasona melhora a LRA por cisplatina, porém não através de modulação mitocondrial e do metabolismo das células renais. |