Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Padovani, Barbara Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-06052022-161804/
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Resumo: |
A lesão renal aguda (LRA) é uma síndrome de fisiopatologia multifatorial e complexa, que pode ser causada por isquemia, sepse e o uso de medicamentos nefrotóxicos. Um dos agentes nefrotóxicos mais comuns é a cisplatina, fármaco antineoplásico que tem a capacidade de interferir nos mecanismos de reparo do DNA, levando à apoptose nas células cancerígenas. O acúmulo da cisplatina nos túbulos renais pode gerar a LRA e resultar na intensa diminuição da taxa de filtração glomerular, representada pela elevação da creatinina sérica, geração de estresse oxidativo nos rins e o desenvolvimento de um processo inflamatório no tecido renal. Desta forma, a cisplatina tem sido adotada como indutor de LRA em modelos experimentais. Neste sentido, o zebrafish (Danio rerio) tem despontado como ferramenta para estudar diversas doenças humanas visto que esse pequeno peixe tropical possui atributos fisiológicos e anatômicos semelhantes aos de mamíferos e alta similaridade genética com humanos, além de possuir vantagens como tamanho pequeno, alta taxa de reprodução externa e transparência óptica da larva. Atualmente, não existe um tratamento preventivo para a LRA causada pela cisplatina, deste modo, se torna imprescindível avaliar métodos que possam atuar na renoproteção e evitar o desenvolvimento desta condição durante o tratamento dos pacientes com câncer. O uso de probióticos tem surgido como uma possibilidade de tratamento para doenças inflamatórias incluindo a LRA. Assim, nossa hipótese aponta que o probiótico Bacillus subtilis (B. subtilis) será capaz de modular o processo inflamatório da LRA induzida pela cisplatina em larvas de zebrafish. O modelo atual de indução de LRA por cisplatina na larva de zebrafish requer um grande desafio técnico e especialização para sua aplicação, é com base nisso que este projeto teve como objetivo desenvolver um modelo de LRA utilizando à cisplatina como agente inflamatório e conjuntamente estudar o papel do probiótico B. subtilis, na modulação da inflamação. Para isso, induzimos e caracterizamos a inflamação ao adicionar cisplatina na água de larvas de 7 dias pós-fertilização (dpf) e investigamos os efeitos do B. subtilis nestes animais. Nossos dados sugerem que a cisplatina afeta a sobrevida das larvas de forma dose-dependente e induz a expressão aumentada de IL-12, IL-6 e IL-8 após 48 horas. Larvas expostas a 0,10 mg/mL de cisplatina pelo mesmo período de tempo apresentaram diminuição de células mieloides na região glomerular dos pronefros. Por outro lado, foi observado o aumento de neutrófilos em toda larva após 48 horas. A análise in sílico realizada indica uma possível via a ser estudada (Nrf2) no futuro. Por último, resultados preliminares utilizando o tratamento com o probiótico não demonstraram afetar a sobrevivência das larvas expostas à cisplatina. |