Caracterização comportamental, bioquímica e farmacológica do modelo de estresse crônico por restrição de movimentos com duração variável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mograbi, Karla De Michelis [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63924
Resumo: Estresse pode ser definido como qualquer estímulo que representa uma ameaça real ou virtual a homeostase. Quando o estresse se torna crônico, há uma sobrecarga alostática com consequências patológicas. O objetivo deste estudo foi caracterizar comportalmente, bioquimicamente e farmacologicamente um novo modelo de estresse crônico, baseado na restrição de movimentos com duração variável (2, 4 ou 6 h, em um cronograma imprevisível) por for 3 semanas. Peso corporal, peso relativo da glândula adrenal, níveis de corticoterona plasmática, citocinas cerebrais, sinaptofisina, serotonina e dopamina, comportamento do tipo ansioso (supressão alimentar pela novidade, labirinto em cruz elevado, e campo aberto), comportamento motivado (contraste negativo de sacarose e teste do nado forçado) e comportamento social (investigação social e interação social) foram avaliados após o protocolo de estresse crônico. A influência dos neurotransmissores serotonina e dopamina no comportamento social foi também avaliada através da administração aguda de diazepam, haloperidol e escitalopram. Animais estressados mostraram menor ganho de peso corporal, maior peso relativo das glândulas adrenais, niveis de citocinas hipocampais mais elevados, menores níveis de serotonina no hipocampo, maiores níveis de dopamina e rotatividade de serotonina na amigdala, supressão reduzida da solução de sacarose com baixa concentração e aumento da imobilidade no teste do nado forçado, comportamento do tipo ansioso no contexto social e maior agressividade. Tratamento agudo com escitalopram melhorou as mudanças no comportamento social. Nós propomos o uso deste modelo como uma ferramenta para o estudo das alterações induzidas pelo estresse crônico e possíveis tratamentos para comportamentos indzidos pelo estresse crônico.