Caracterização de cepas de Exophiala armazenadas no Banco de Fungos Filamentosos do Laboratório Especial de Micologia da UNIFESP/EPM
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=800309 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23237 |
Resumo: | Introdução: Leveduras negras do gênero Exophiala respondem por número substancial de infecções humanas superficiais e invasivas causadas por fungos negros. A identificação acurada de espécies de Exophiala baseia-se em critérios morfológicos complementados por tipagem molecular. A infecção em humanos causada por Exophiala depende de três fatores principais: porta de entrada, estado imunológico do paciente e tolerância térmica do agente. A maioria destas infecções são cutâneas e superficiais, entretanto, infecções sistêmicas fatais já foram relatadas. Objetivos: Estudar as características fenotípicas, genotípicas e susceptibilidade a antifúngicos de 23 isolados clínicos, identificados fenotipicamente como Exophiala sp. armazenados no Banco de Fungos Filamentosos do LEMI. Métodos: Para a identificação molecular nos baseamos no sequenciamento da região ITS do rDNA, comparamos as sequências obtidas com sequências já depositadas em bancos genômicos (NCBI e CBS) e analizamos as sequências através da ferramenta BLASTn. Para a caracterização da macromorfologia e micromorfologia os isolados foram semeados em meio PDA e incubados a 25°C. Para análise de termotolerância, cada isolado foi semeado em 3 meios de cultura: PDA, SGA e MEA, e incubados em 4 temperaturas diferentes: 15°C, 25°C, 37°C e 42°C. Para cada um dos testes fenotípicos citados, a incubação foi de 14 dias nas devidas temperaturas para a realização das leituras. Os testes de susceptibilidade aos antifúngicos, anfotericina B (AMB), itraconazol (ITC), voriconazol (VRC), posaconazol (PSC), 5-fluorocitosina (5-FC), caspofungina (CFG) e terbinafina (TRB) foram realizados por microdiluição em caldo de acordo com o documento CLSI M38-A2. Resultados: A tipagem molecular teve sucesso na identificação de 100% das amostras que foram assim reconhecidas: E. dermatitidis (8), E. xenobiotica (6), E. bergeri (4), E. oligosperma (3), E. spinifera (1) e E. mesophila (1). A macromorfologia mostrou que as espécies de Exophiala são pleomórficas com relação ao aspecto e cor das colônias, mesmo considerando isolados da mesma espécie. Em relação à micromorfologia, observamos estruturas similares entre diferentes espécies do gênero, não possibilitando assim a identificação em nível de espécie, sendo necessário confirmação por método molecular. Na análise de termotolerância, todas as espécies cresceram a 25 e 37ºC com exceção de E. mesophila, que cresceu somente a 25oC. A 42ºC apenas as espécies E. dermatitidis, E. oligosperma e E. xenobiotica apresentaram crescimento, sendo as duas últimas com crescimento reduzido, não possibilitando caracterização. Em relação à susceptibilidade, as CIMs mais baixas foram verificadas para os azólicos, enquanto que as maiores foram observadas para 5-FC, CFG e TRB. Conclusões: (i) O sequenciamento da região ITS permitiu a correta identificação de espécie para os 23 isolados clínicos; (ii) As características observadas nos testes de macromorfologia, micromorfologia e termotolerância para os isolados de Exophiala spp. analisados, mostraram que não são suficientes para a identificação acurada de espécie; (iii) O teste de susceptibilidade para Exophiala spp, utilizando o método de microdiluição em caldo padronizado pelo CLSI (2008) documento M38-A2 para fungos negros, mostrou-se consistente e reprodutível; (iv) De forma geral, a grande maioria dos isolados testados “in vitro” apresentou CIM ≤0,5 μg/mL exceto para 5-FC e CFG; (v) Apesar das diretrizes não indicarem AMB para tratamento contra Exophiala sp., esta mostrou-se ativa com CIMs ≤1 μg/mL para todas as espécies deste estudo, com exceção de E. mesophila. |